O senador Humberto Costa (PT-PE) cobrou nesta sexta-feira o reconhecimento do governador Eduardo Campos �s a��es do governo da presidente Dilma Rousseff, rela��o ao semi�rido. Ele fez a cobran�a em discurso, durante an�ncio de R$ 700 milh�es para financiamento de agricultores do semi�rido pernambucano, pelo ministro do Desenvolvimento Agr�rio, Pepe Vargas. Prov�vel candidato � Presid�ncia da Rep�blica, Campos, que � presidente nacional do PSB, tem feito cr�ticas ao governo federal, embora se mantenha na sua base aliada.
"Tenho certeza que foi por isso que Pernambuco votou maci�amente na presidente Dilma, porque sabia que ela iria dar continuidade � aten��o que o presidente Lula sempre teve com o Estado", pontuou. O senador petista disse ter certeza, tamb�m, que "o governo estadual, na pessoa de Eduardo Campos, reconhece esse esfor�o assim como os movimentos sociais, prefeitos e prefeitas haver�o de reconhecer".
Arraes
Em entrevista, Campos disse n�o ter percebido a cobran�a de Humberto Costa, mas, no seu discurso respondeu � provoca��o. O governador disse da alegria de ver pol�ticas p�blicas criadas por Miguel Arraes, seu av�, cujo governo beneficiou os pequenos agricultores, terem sido implementadas pelo governo federal e lembrou da participa��o dos governadores e dos �rg�os de extens�o rural com ideias e sugest�es depois incorporadas pelo governo federal.
Frisou ainda, a necessidade de o Nordeste ser prioridade de um plano estrat�gico do governo visando � redu��o das disparidades sociais e econ�micas. "O Nordeste tem um ter�o dos agricultores familiares do Brasil, mas det�m apenas 10% do cr�dito, numa reprodu��o do que acontece na economia brasileira: a regi�o tem 28% da popula��o brasileira e tem 13,5% do Produto Interno Bruto (PIB)".
Campos n�o deixou, no entanto, de reconhecer as boas novas anunciadas pelo ministro. Frisou que pela primeira vez, existe um Plano Safra voltado para o semi�rido, regi�o onde a situa��o do pequeno agricultor ainda � mais dura e dif�cil. O Plano Safra para agricultura familiar existe h� dez anos. "Este � um avan�o concreto", disse. "Se n�o � o ideal, est� se fazendo diferente, na dire��o de se ter uma pol�tica que compreenda as circunst�ncias de uma regi�o des�rtica, tem sinais de vis�o estruturante".