
O presidente em exerc�cio da C�mara Municipal de Belo Horizonte, Wellington Magalh�es (PTN), afirmou ontem que pretende tentar cumprir apenas em parte a pauta dos manifestantes que ocupam a Casa h� dois dias. Ontem, dois integrantes do grupo, que est�o em greve de fome desde quinta-feira, foram atendidos por m�dicos da C�mara e liberados em seguida.
Os manifestantes querem a convoca��o do prefeito Marcio Lacerda (PSB) para que fa�a presta��o de contas do governo em audi�ncia p�blica e que a C�mara forne�a as planilhas de custos de empresas de transporte p�blico da capital. Magalh�es afirma que o prefeito j� repassou os dados sobre a administra��o a vereadores, mas que vai conversar com a Mesa Diretora e com o pr�prio Lacerda sobre uma nova reuni�o. O encontro com os vereadores n�o foi em audi�ncia p�blica.

Um dos l�deres do movimento da ocupa��o da C�mara, Paulo Rocha, afirma n�o haver expectativa para que o grupo, que ontem durante � tarde era de aproximadamente 50 pessoas, deixe as depend�ncias da C�mara. "Se morar � um luxo, ocupar � um direito", avaliou Rocha. Os manifestantes querem que Magalh�es assine a ata de uma reuni�o que tiveram com os vereadores na manh� de ontem. "N�o vai ser a press�o de cinco pessoas que vai me fazer tomar alguma atitude", afirmou o presidente, que n�o v� legitimidade na ata.
A ocupa��o da C�mara Municipal conta com estrangeiros. O chileno Ricardo Leon Alejandro Barria, de 23 anos, refor�a o grupo de manifestantes depois de passar um ano e meio percorrendo o litoral brasileiro de bicicleta. Nascido em Santiago, Ricardo, que participou tamb�m da ocupa��o da C�mara em junho, sobrevive de artesanato e malabares nas ruas de Belo Horizonte. "A popula��o � a respons�vel por uma nova organiza��o da sociedade", disse. Antes de viajar para o Brasil, Ricardo era agricultor em Santiago.
