Em cerim�nia do in�cio de opera��o do Projeto Aerom�vel, em Porto Alegre (RS), a presidente Dilma Rousseff ressaltou que o projeto � um exemplo de que o Pa�s � capaz de gerar tecnologia nova. "Participo da inaugura��o de um s�mbolo do esp�rito inovador, da capacidade de gerar tecnologia, de criar os meios para vencer novos desafios e para mostrar que n�s somos, sim, capazes de gerar tecnologia nova, de inovar", afirmou. Ela classificou o aerom�vel como um transporte "que tem todas as caracter�sticas da sustentatibilidade".
"Temos aqui no Rio Grande do Sul uma alternativa de transporte de massa de alta qualidade", afirmou a presidente, que se disse feliz pela participa��o do governo federal no projeto com a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Trensurb).
Ela mencionou que � a inova��o � muito importante para o Pa�s. "� t�o importante a inova��o no Pa�s que hoje se estrutura como um dos elementos principais do investimento", afirmou.
Transporte p�blico
A presidente afirmou ainda que a vida no espa�o urbano n�o pode ser estruturada pelo transporte privado. "N�o pode ser o transporte privado que estruture a vida no espa�o urbano", comentou, durante cerim�nia que marcou o in�cio de opera��o do Projeto Aerom�vel, em Porto Alegre (RS). "O transporte coletivo de massa � para todas as classes sociais e tem por objetivo viabilizar os espa�os urbanos, sem o que n�o teremos algo que n�o seja crise urbana nas cidades", afirmou.
"O Brasil teve uma fase em que o transporte privado ocupou um papel muito importante no imagin�rio das pessoas. A melhoria de renda significava o acesso ao transporte individual. Isso n�o tem nada demais desde que todos os agentes p�blicos se preocupem com o transporte de massa", completou.
A presidente ressaltou que, desde 2011, o governo federal investe em transporte pelo programa Mobilidade Urbana, com prioridade para os chamados grandes centros urbanos. De acordo com Dilma, at� uma parte dos anos 90, o metr� foi considerado "uma alternativa incompat�vel com a renda do Pa�s". "O que � uma verdadeira sandice. � imposs�vel cidades com a propor��o populacional que n�s temos sem metr�, n�o � consistente", criticou.
"Temos todo o interesse em construir e viabilizar projetos de mobilidade no transporte p�blico", reiterou a presidente.
Ela mencionou o investimento de R$ 89 bilh�es em projetos de metr�, de VLT, de BRT e no Projeto Aerom�vel. "Agora ser�o completados com mais R$ 50 bilh�es. Desses, estamos em discuss�o com o prefeito Fortunati para complementa��o do metro de Porto Alegre", disse Dilma.
O Aerom�vel, segundo a presidente, � uma "�tima solu��o" para conex�es entre modais. "Ele � estrat�gico para isso, que � algo com o que temos sistematicamente nos preocupado, porque a conex�o � que � a alma da coisa." A articula��o entre os modais � que d� ao sistema p�blico de transporte aquilo que � atra��o dele no resto do mundo: � mais r�pido de chegar, mais seguro de chegar. E o carro privado fica para os momentos de lazer e n�o uso sistem�tico", disse.
Funcionamento
Com ve�culos leves n�o motorizados e tecnologia brasileira, a linha aerom�vel, operada em via elevada, ter� capacidade para atender, inicialmente, a 150 passageiros por viagem, que dura em torno de dois minutos para o percurso de 814 metros. A propuls�o do transporte automatizado � pneum�tica, com ventiladores centr�fugos industriais de alta efici�ncia energ�tica que sopram o ar por meio de um duto localizado dentro da via. O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, tamb�m participar� da cerim�nia. O projeto tem investimento de R$ 37,8 milh�es.
Em um primeiro momento, o transporte ser� aberto ao p�blico apenas em dias �teis, das 10h �s 16h, sem cobran�a de passagem, com uma opera��o assistida e a realiza��o de ajustes. A opera��o comercial deve come�ar apenas em novembro, quando os usu�rios poder�o adquirir a passagem por R$ 1,70 e ter direito a usar a linha do metr� sem cobran�a adicional.
Mercado de Porto Alegre
Dilma falou sobre o inc�ndio que atingiu o pr�dio do Mercado P�blico de Porto Alegre, em julho, e anunciou que ser�o usados recursos do PAC Cidades Hist�ricas para reconstruir o mercado. "O mercado p�blico � um dado do patrim�nio hist�rico e, por isso vamos usar os recursos do PAC cidades hist�ricas para essa reconstru��o. Vamos destinar R$ 19,5 milh�es", anunciou Dilma.