Julia Chaib
Bras�lia – Balan�o divulgado ontem pelo Minist�rio da Sa�de mostra que 715 m�dicos formados no exterior conclu�ram cadastro e apontaram seis munic�pios para trabalhar pelo Programa Mais M�dicos. Do total, 194 s�o brasileiros e 521, estrangeiros. A maioria das inscri��es � de pa�ses como Espanha, Portugal e Argentina. A maior parte deles, 204 profissionais, v�o atuar no interior e em periferias de cidades no Sul do pa�s. A segunda regi�o que mais receber� m�dicos do exterior ser� o Sudeste (162), seguido pelo Nordeste (153), Norte (132) e Centro- Oeste (59). Esses profissionais n�o precisar�o revalidar o diploma e ter�o uma autoriza��o especial para trabalhar por tr�s anos exclusivamente em �reas delimitadas pelo Minist�rio da Sa�de.
Nenhum estrangeiro trabalhar� no Distrito Federal. Os profissionais t�m at� amanh� para homologar a inscri��o. Somando-se a quantidade de estrangeiros ao n�mero de 938 brasileiros que j� indicaram interesse nas cidades selecionadas, chega-se ao n�mero de 1.653 profissionais, o equivalente a 10,69% da demanda de 3.511 munic�pios. As cidades pediram 15.460 profissionais. O ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, afirmou no entanto que o resultado “supera a expectativa inicial do programa”.
Ontem, no Rio Grande do Sul, a presidente Dilma Rousseff voltou a defender o programa e lembrou que os brasileiros t�m prioridade. “N�o havendo m�dicos para preencher essas vagas (entre brasileiros), a� preencheremos com m�dicos estrangeiros, com diploma fora do Brasil. N�o h� no mundo uma atitude de preconceito com esses fatos”, disse.
REGISTROS INV�LIDOS Assim como ocorreu com os profissionais formados no Brasil, a quantidade de m�dicos com diploma do exterior que conclu�ram o cadastro foi bem inferior ao n�mero inicial de inscritos, j� que, inicialmente, 1.920 estrangeiros cadastraram-se no programa. No total, pouco mais de 18 mil m�dicos com diplomas do Brasil e do exterior inscreveram-se, mas cerca de 700 tiveram os registros nos conselhos regionais de medicina (CRMs) invalidados.
O presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto d’�vila, contesta os n�meros apresentados pelo Minist�rio da Sa�de e afirma que houve problemas no processo de inscri��o da pasta. “N�o aceitamos a acusa��o de que n�o queremos ir para o interior. Eles (os m�dicos brasileiros) foram impedidos, tudo para privilegiar o m�dico formado no exterior para vir sem diploma. N�o estamos nos defendendo corporativamente.” J� o Minist�rio da Sa�de alega que, dos 7.333 CRMs considerados inv�lidos no primeiro m�s de inscri��es, 6.341 n�o estavam sequer preenchidos e outros tinham sequ�ncias em branco com “0000” no campo de d�gitos.