Terminou de forma pac�fica a vig�lia iniciada nesse s�bado � noite, na resid�ncia oficial do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, na G�vea Pequena, Alto da Boa Vista. Com barracas de lona, tendas, colchonetes e uma fogueira para se aquecerem da baixa temperatura - que nesta madrugada chegou a 14 graus Celsius (°C) na regi�o, situada na Floresta da Tijuca - cerca de 40 manifestantes passaram a noite no local, em protesto contra as remo��es de moradias em comunidades carentes pela prefeitura do Rio.
O documento diz que Eduardo Paes � um dos prefeitos que mais removeu favelas na hist�ria do Rio de Janeiro. "Desde 2009, 19.220 fam�lias cariocas perderam suas casas - muitas vezes em troca de indeniza��es irris�rias ou com mudan�a de endere�o para regi�es a dezenas de quil�metros de dist�ncia do antigo local de moradia".
De acordo com a coordenadora do Movimento Nacional pela Moradia Popular (MNMP), Lourdes Lopes, a prefeitura promove as remo��es sem se preocupar com as necessidades da popula��o.
"A prefeitura acelerou o processo de expuls�o dos locais mais valorizados da cidade, como a regi�o do Porto Maravilha e em Jacarepagu�, que fica no tra�ado das competi��es de v�rias modalidades de jogos nas Olimp�adas de 2016. Essas pessoas est�o sendo varridas do local e uma parte delas sendo levadas para regi�es longe de toda a infraestrutura e com habita��es prec�rias", denunciou.
Ao deixarem a G�vea Pequena, os manifestantes picharam o muro da resid�ncia oficial da prefeitura, com os dizeres Remove o Paes e SMH 171, em uma alus�o � Secretaria Municipal de Habita��o, encarregada do cadastramento das fam�lias de comunidades carentes para remo��o, e ao Artigo 171 do C�digo Penal, que se refere ao estelionato.
Os manifestantes tamb�m deixaram no port�o principal da resid�ncia uma cruz que os manifestantes carregaram durante o protesto e cartazes com os nomes de todas as comunidades que o prefeito Eduardo Paes j� removeu.