A simbiose entre CUT e PT, que teve seu auge no governo Luiz In�cio Lula da Silva, arrefeceu no mandato de Dilma Rousseff, mas essa rela��o ainda precisa ser revista, afirmam auxiliares da presidente. “Aquela CUT dos anos 1980 acabou. Se antes ela renegava a negocia��o com os patr�es e com o governo, justamente por se opor ao sistema pol�tico e empresarial instalado, ela foi aos poucos cedendo. Passou de uma central radicalmente contra o sistema para uma que representa o sistema de forma plena, como ocorre hoje”, disse o professor Ricardo Antunes, cientista pol�tico da Unicamp.
“A CUT � contr�ria ao dinheiro repassado pelo Estado, embora aceite ele como todas as outras. Ela sabe que na vida real � imposs�vel fazer luta sindical sem esses recursos”, disse o presidente da CTB, Wagner Gomes. Para o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da For�a Sindical desde 1999, a CUT vive um “drama que piora a cada dia”. “Eles teriam que romper com o governo federal para voltar a chamar a aten��o, a liderar o movimento sindical como sempre fizeram. Mas est�o anestesiados, n�o entram em nenhuma bola dividida, e isso tem aberto muito espa�o para n�s.”
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