
A coordena��o pol�tica da iniciativa � compartilhada entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica (SDH) e a Comiss�o Nacional da Verdade. A fam�lia de Jango ser� representada em S�o Borja por Christopher Goulart, neto do ex-presidente. A miss�o visa conhecer em detalhes o cemit�rio Jardim da Paz, onde est� o jazigo em que est� sepultado Jo�o Goulart e preservar o local para a exuma��o, cuja data dever� ser definida na reuni�o de todos os peritos que trabalhar�o no caso, agendada para a segunda quinzena de setembro, na sede da PF, em Bras�lia.
Na Miss�o a S�o Borja, tamb�m ser�o feitos contatos com as autoridades locais e calculados o tempo de sa�da da cidade e outras quest�es log�sticas fundamentais para a retirada dos restos mortais, que ser�o examinados no Instituto Nacional de Criminal�stica, em Bras�lia. Ap�s a per�cia ser� necess�ria a guarda constante do jazigo e sua preserva��o at� a data da exuma��o. Um croqui em 3D do jazigo ser� elaborado a partir das informa��es colhidas em S�o Borja. A dilig�ncia n�o vai requerer a abertura do mausol�u.
Hist�rico
O ex-presidente Jo�o Goulart morreu no ex�lio, na Argentina, em 6 de dezembro de 1976. N�o houve aut�psia na Argentina e sua morte foi atestada como "enfarto do mioc�rdio". Goulart foi sepultado em S�o Borja, sem passar por uma aut�psia, por imposi��o do regime militar. Desde a morte de Jango paira a suspeita de que sua morte pode ter sido articulada pelas for�as repressivas de Brasil, Argentina e Uruguai, que viviam sob ditaduras naquele per�odo.
Hoje j� h� provas de que o ex-presidente foi monitorado durante todo o seu ex�lio e o ex-agente uruguaio Mario Neira Barreiro, preso no Brasil por outros crimes, deu sucessivas entrevistas e depoimentos afirmando que existiu a Opera��o Escorpi�n, um plano para matar o presidente, que teria sido conclu�do por meio da adultera��o ou substitui��o dos rem�dios para o cora��o que Jango tomava.
Em mar�o deste ano, durante audi�ncia p�blica da CNV em Porto Alegre, a fam�lia Goulart requereu a exuma��o formalmente � Comiss�o. A decis�o de realizar a per�cia foi tomada em abril. Desde ent�o duas reuni�es com todos os entes p�blicos envolvidos e a fam�lia foram realizadas: dias 29 de maio, no MPF, em Porto Alegre, e 9 de julho, na SDH, em Bras�lia. (Com informa��es da Comiss�o Nacional da Verdade)