
� tarde, o senador apareceu por tr�s vezes na parte externa para registro de imagens da imprensa. “Eu amo o Brasil”, disse, bem- humorado, ao lado de um dos quatro cachorros da resid�ncia. Ele evitou, por�m, responder �s perguntas feitas pelos jornalistas. Molina dar�, hoje, uma entrevista coletiva na Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado. Segundo relatos da defesa, ele est� muito feliz por estar no Brasil. “Foi duro ficar sem ver o sol. Nem prisioneiro passa o que passei”, afirmou Molina ao Estado de Minas.
Molina permaneceu 455 dias na Embaixada do Brasil em La Paz, que lhe concedeu asilo. A Bol�via se recusava a conceder autoriza��o para que ele viajasse para terrrit�rio brasileiro. Na sexta-feira, ele saiu da embaixada em um carro diplom�tico, escoltado por militares brasileiros. A cada parada para passar por revista no trajeto de 22 horas de viagem at� Corumb�, ele achava que seria impedido de chegar ao destino. Mas, como estavam em carro diplom�tico, a comitiva era liberada. Havia o receio de que narcotraficantes ligados ao presidente da Bol�via, Evo Morales, o reconhecessem. O advogado do parlamentar, Fernando Tib�rcio Pena, afirmou que “n�o existe a possibilidade” de o boliviano ser extraditado.
Repercuss�o
O an�ncio do governo brasileiro de que vai investigar a vinda do senador Roger Pinto Molina ao pa�s foi a manchete dos dois principais jornais da Bol�via – Los Tiempos e La Raz�n – ontem e ocuparam por todo o dia grande espa�o nos respectivos portais na internet. Al�m de destacar a informa��o de que o Itamaraty n�o sabia da fuga do pol�tico de oposi��o, os jornais reproduziram as entrevistas dadas por Roger, nas quais acusou o presidente da Bol�via, Evo Morales, de envolvimento com o narcotr�fico. No mundo, apenas a vers�o on-line do espanhol El Pa�s reservou espa�o na p�gina principal para o caso.