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Estado de Minas

Comiss�o quer ligar atentado da OAB ao do Riocentro

O presidente da comiss�o acredita ser poss�vel comprovar a liga��o entre os atentados da OAB e do Riocentro, ocorrido em 1981, durante show em comemora��o ao 1� de maio


postado em 27/08/2013 19:36

Em audi�ncia p�blica para lembrar os 33 anos do atentado � Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que matou a secret�ria Lyda Monteiro, o presidente da Comiss�o Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous, disse que est� reunindo elementos para comprovar que o inqu�rito da Pol�cia Federal na �poca "foi uma farsa" e pedir ao Minist�rio P�blico a reabertura da investiga��o. Damous informou que a comiss�o ouviu ex-agentes da Pol�cia Federal que participaram da apura��o do caso e ouviu relatos sobre a participa��o de oficiais do Ex�rcito e do SNI nas investiga��es.

O presidente da comiss�o acredita ser poss�vel comprovar a liga��o entre os atentados da OAB e do Riocentro, ocorrido em 1981, durante show em comemora��o ao 1º de maio. Uma bomba explodiu no estacionamento do centro de conven��es e deixou um militar morto e outro ferido.

O advogado Luiz Felippe Monteiro, filho de d. Lyda, que morreu ao abrir uma carta-bomba endere�ada ao ent�o presidente da OAB, Eduardo Seabra Fagundes, disse que houve um acerto pol�tico para n�o avan�ar nas investiga��es: "Houve um acordo entre oposi��o e governo pelo sil�ncio em rela��o aos atentados em troca das elei��es de 1982". "Precisamos saber quem financiou, planejou e executou o atentado e quem impediu as investiga��es. Ainda que n�o sejam punidos, que o nome dos respons�veis seja levado para a sociedade conhecer", afirmou o filho de d. Lyda.

Integrante da Comiss�o Nacional da Verdade (CNV), a advogada Rosa Cardoso da Cunha disse que poss�veis respons�veis pela bomba da OAB n�o s�o beneficiados pela Lei de Anistia, j� que o crime aconteceu em 1980 e a lei � de 1979.

Segundo Damous, o delegado que presidiu o inqu�rito, Jos� Armando Costa, disse � comiss�o estadual que o SNI foi quem apontou o americano Ronald Watters como suspeito do atentado. Watters foi inocentado e a investiga��o arquivada.

O presidente da comiss�o estadual disse que uma per�cia no retrato falado do homem que levou a carta-bomba � OAB poderia ajudar nas investiga��es. "Funcion�rios da OAB deram elementos para um retrato falado que guarda semelhan�a com o agente do DOI-Codi `Guarani', mas � preciso um exame pericial", afirmou Damous. O desenho mostra uma cabe�a sem rosto, com cabelos compridos, barba e bigode. "Guarani" foi visto no Riocentro pouco depois da explos�o acidental da bomba. "Nossa tentativa vai ser provar que esse inqu�rito foi uma farsa, que quem p�s a bomba na OAB foram agentes ligados ao DOI-Codi e ao SNI e que foram os mesmos da bomba do Riocentro. Ronald Watters era um bode expiat�rio e o SNI conduziu o inqu�rito do in�cio ao fim", afirmou o presidente da comiss�o estadual.

Seabra Fagundes disse � plateia, formada principalmente por alunos de Direito, que, ao chegar � sede da Ordem no dia do atentado, encontrou "um quadro dantesco". "As coisas correram com enorme displic�ncia", afirmou, referindo-se ao inqu�rito policial.

Quartel

Representante da Comiss�o Nacional da Verdade, Rosa Cardoso disse que o Comando Militar do Leste (CML) apresentou "argumentos plaus�veis" ao impedir, na semana passada, o acesso de integrantes da comiss�o estadual �s depend�ncia do antigo DOI-Codi, localizado em um quartel da Rua Bar�o de Mesquita, na Tijuca (zona norte), onde funciona o 1º Batalh�o da Pol�cia do Ex�rcito. O CML disse que a comiss�o estadual n�o poderia fazer dilig�ncia em uma institui��o federal. Segundo a advogada, as comiss�es nacional e estadual v�o discutir uma nova visita, mas que antes ser� preciso um pedido de autoriza��o ao ministro da Defesa, Celso Amorim. Para a advogada, a comiss�o estadual "se antecipou". "S�o argumentos plaus�veis de que (o CML) � um �rg�o federal. Se n�s tiv�ssemos feito isso em conjunto naquele momento, com o procedimento que a Comiss�o Nacional tem que seguir, n�o teria havido esse problema", disse Rosa. As comiss�es pressionam para que o quartel seja transformado em um centro de mem�ria sobre a ditadura militar.


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