Bras�lia - A presidenta Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que o Brasil, com uma das maiores reservas de d�lar do mundo, tem “bala na agulha” para enfrentar o processo de desvaloriza��o cambial que est� em curso. Segundo ela, a alta da moeda norte-americana independe da pol�tica monet�ria do pa�s e � fruto da “globaliza��o financeira”.
A presidenta disse que a intensa valoriza��o recente do d�lar � consequ�ncia da mudan�a de pol�tica do Fed (o Banco Central norte-americano), que colocou trilh�es de d�lares no mercado e decidiu reduzir a compra de t�tulos. “S� isso provocou em todo o mundo uma violenta desvaloriza��o cambial porque o t�tulo do tesouro americano, que � a aplica��o mais segura do mundo, come�ou a ter aumento de juros. Ent�o as pessoas come�aram a apostar.”
Dilma disse que as reservas brasileiras permitem ao Brasil se proteger melhor dos impactos da valoriza��o do d�lar e sofrer menos do que outras economias. Segundo ela, o governo atua para evitar grandes varia��es. “Nossa pol�tica � de d�lar flex�vel. N�s n�o temos um d�lar alvo. Entramos no mercado para atenuar essas flutua��es, para n�o deixar que elas sejam abruptas ou criem qualquer processo de p�nico.”
Durante a entrevista, a presidenta defendeu a economia brasileira, dizendo que ela mant�m o crescimento, com infla��o em processo menos agressivo do que esteve recentemente. Ela elogiou tamb�m a situa��o do mercado de trabalho no pa�s, com baixa taxa de desemprego e a situa��o fiscal sob controle, com d�vida l�quida em 34,5% do PIB. Al�m disso, a presidenta ressaltou as concess�es que ser�o feitas at� o fim do ano para atrair investimentos privados em setores de infraestrutura, al�m da explora��o de petr�leo no Campo de Libra, uma das maiores do mundo. “Tudo isso cria ambiente muito mais positivo para economia brasileira.”