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Estado de Minas

Ap�s pris�o de funcion�rios, l�der do PSOL renuncia


postado em 03/09/2013 20:31 / atualizado em 03/09/2013 20:58

A deputada estadual Janira Rocha renunciou nesta ter�a-feira, 3, aos cargos de presidente do PSOL do Rio de Janeiro e l�der do partido na Assembleia Legislativa depois que dois ex-funcion�rios de seu gabinete foram presos quando tentavam vender por R$ 1,5 milh�o um dossi� em que acusam a parlamentar de ficar com parte dos sal�rios dos assessores. Os ex-servidores tamb�m acusaram Janira de desviar recursos do Sindicato dos Trabalhadores em Sa�de, Trabalho e Previd�ncia Social do Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev/RJ), da qual foi diretora at� ser eleita, em 2010.

Janira negou as acusa��es e vai ser investigada pela comiss�o de �tica do PSOL nacional e pela Corregedoria da Assembleia, que vai avaliar se houve quebra de decoro parlamentar, o que pode levar � pena de advert�ncia, suspens�o ou cassa��o do mandato. Os dois ex-assessores, Marcos Paulo Alves e Cristiano Valad�o, ser�o expulsos do PSOL. Outros sete, ligados aos ex-servidores, ser�o investigados pela comiss�o de �tica do partido. Antes da tentativa de venda do dossi�, os nove militantes foram denunciados por Janira ao Minist�rio P�blico por tentativa de extors�o. A deputada disse ter sofrido amea�as do grupo depois que Alves e Valad�o foram exonerados, em junho passado.

O epis�dio causou grande constrangimento no PSOL, partido que faz da �tica uma de suas principais bandeiras. Os dois ex-funcion�rios foram flagrados pela pol�cia, acionada pela secret�ria de Defesa do Consumidor do Estado, Cidinha Campos (PDT), a quem ofereceram o dossi�. Na Delegacia Fazend�ria, Marcos Paulo Alves disse que recebia R$ 7.200 mensais, dos quais R$ 4 mil eram destinados ao gabinete, em pr�tica conhecida como "cotiza��o". Os ex-servidores entregaram v�rios documentos de contas de campanha, c�pias de anota��es da deputada e grava��es.

Em uma das grava��es, Janira reconhece a pr�tica de cotiza��o: "Eu n�o fa�o nada dentro desse mandato que eu possa me envergonhar. Pode at� ser que algumas coisas feitas aqui, a �nica, que � a cotiza��o, n�o � legal l� fora. Mas isso n�o me envergonha. Eu n�o estou roubando dinheiro para mim".

Em outra grava��o, a deputada do PSOL discute a elabora��o de um relat�rio, provavelmente de presta��o de contas do Sindsprev. "A gente pode botar no relat�rio que o dinheiro foi para atividades pol�ticas, mobilizadoras. N�o pode dizer `ah, (foi) para constru��o do PSOL, foi para eleger deputado'. Isso � crime, tanto do sindicato quanto nosso, � crime eleitoral", diz Janira.

Em entrevista, Janira disse que alguns funcion�rios de seu gabinete cedem "voluntariamente" parte dos sal�rios, quando s�o organizadas atividades externas que envolvem, por exemplo, viagens e hospedagem de militantes. "� uma vaquinha. Outra coisa � o deputado pegar para fixa do sal�rio do funcion�rio, o que � ilegal. N�o cometi nenhum crime", afirmou.

Em anota��es da deputada, estava uma lista de parlamentares do PSOL, com indica��es como "150 mil" e "130 mil". Janira disse que n�o s�o valores em dinheiro, mas material de campanha distribu�do aos candidatos, o que era uma de suas atribui��es na campanha de 2010.

Freixo


Principal nome da oposi��o ao governador S�rgio Cabral (PMDB) na Assembleia, o deputado Marcelo Freixo reprova a doa��o de parte do sal�rio, mesmo que volunt�ria. "O funcion�rio pode fazer com o sal�rio o que quiser, mas � muito delicado querer doar parte do sal�rio, mesmo voluntariamente, porque pode se confundir com obrigatoriedade", afirmou Freixo. O deputado disse que tamb�m ser� preciso investigar as doa��es feitas a Janira por prestadores de servi�o contratados pelos Sindsprev. "Janira � uma excelente deputada. Tudo que est� acontecendo � muito ruim, a imagem � ruim, porque a gente tem uma fala muito dura. O importante � responder rapidamente, o que estamos fazendo", disse Freixo.


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