
O ministro Lu�s Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira que "n�o vai bater boca com um colega de tribunal" por meio da imprensa. Ele referiu-se ao ministro Gilmar Mendes, que criticou o argumento jur�dico usado por Barroso para conceder liminar contra a decis�o da C�mara dos Deputados que manteve o mandato do deputado federal Natan Donadon (sem partido- RO).
Nessa ter�a-feira, Mendes disse que a solu��o de avaliar a perda de mandato com base no tempo de pris�o do condenado e o per�odo do mandato � manter um parlamentar com um “mandato salame”.
Na segunda-feira, Barroso suspendeu a decis�o da C�mara dos Deputados que manteve o mandato do deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO), condenado a mais de 13 anos de pris�o pelo Supremo por peculato e forma��o de quadrilha. O ministro entendeu que a cassa��o do mandato de Donadon deveria ter sido aplicada de forma autom�tica, pois o tempo da pena � maior que o per�odo restante do mandato.
Ao chegar para participar da sess�o do Supremo desta tarde, Lu�s Roberto Barroso disse que a quest�o ainda ser� avaliada pelos demais ministros da Corte. “Eu acho que isso vai ser discutido em plen�rio no momento pr�prio. N�o me passaria pela cabe�a bater boca com um colega de tribunal pela imprensa. Eu estou certo que ele [Gilmar Mendes] tanto quanto eu deseja o melhor para o pa�s. � isso que n�s faremos”, declarou.
Roberto Barroso disse que est� preparado para receber cr�ticas. “Devo dizer que se eu n�o quisesse me expor � cr�tica, eu teria ficado na vida boa que eu levava escolhendo as causas em que eu iria atuar. Portanto, eu acho que quem aceita ocupar um espa�o no setor p�blico tem que estar preparado para ser criticado e para receber as cr�ticas com maturidade e serenidade”.
Barroso disse que recebeu do presidente do STF, Joaquim Barbosa, um pedido feito pelo presidente da C�mara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para levar o m�rito da liminar ao plen�rio o mais r�pido poss�vel. No entanto, o ministro informou que s�o necess�rios dez dias para as partes do processo se manifestarem, fato que impede o julgamento na semana que vem.