Temer diz apostar em negocia��o sobre voto aberto

O presidente da Rep�blica em exerc�cio, Michel Temer, afirmou nesta quinta-feira, 5, que aposta em uma "solu��o negociada" entre os presidentes da C�mara e do Senado em rela��o ao fim do voto secreto. Mas Temer mas n�o quis dizer qual a sua opini�o, se prefere que o voto secreto seja apenas para cassa��o de parlamentares, como quer o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ou quer que seja decretado o fim definitivo de qualquer vota��o secreta no Congresso, como foi aprovado pelos deputados na �ltima ter�a-feira.

"O resultado eu n�o sei dizer qual ser�", observou. O presidente reconheceu, no entanto, que existem muitos senadores que optam pelo voto aberto para todos os casos e que pesquisa realizada pelo G-1, aponta que 52 dos 81 senadores querem voto aberto para todas as vota��es. "Sei que h� senadores l� que optam pelo voto aberto para todos os casos. Aparentemente, sim, a maioria (quer voto aberto para tudo)", declarou. Mas, ressalvou: "O que eu quero dizer � que h� uma harmonia legislativa e pol�tica extraordin�ria entre a C�mara e o Senado".

Para o presidente em exerc�cio, "n�o h� diverg�ncia nenhuma entre a C�mara e o Senado". Temer disse ainda que pelas conversas que manteve com o presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o presidente Renan Calheiros, "eles est�o se ajustando". Michel Temer queria fazer uma reuni�o com os dois nesta quarta, 4, ao mesmo tempo, mas a previs�o de vota��o da MP 615, na C�mara, atrapalhou a realiza��o do encontro. Temer, no entanto, conversou primeiro com Renan e, depois com Henrique Alves, � noite no Planalto.

Ap�s reiterar que Temer e Renan est�o "se ajustando", o presidente Temer lembrou que "muitas e muitas vezes existe uma pequena diferen�a entre a atua��o de uma Casa e outra". Mas, insistiu que "o Henrique j� declarou hoje que na verdade n�o tem obje��o nenhuma que o Senado vote como pretende votar". Por isso, emendou: "eu acho que h� uma pacifica��o extraordin�ria de ambas as Casas". Mesmo diante da insist�ncia dos rep�rteres sobre qual das duas propostas apoia, o presidente Temer desconversou, sugerindo que � uma decis�o do Parlamento.