Rio, 05 - Em menos de meia hora, a sess�o da CPI dos �nibus na C�mara Municipal do Rio de Janeiro foi interrompida diversas vezes por 16 manifestantes que se instalaram em uma galeria no in�cio da audi�ncia. Eles penduraram baratas de papel�o na grade de prote��o da galeria e cartazes dizendo "esta CPI � uma farsa". Um dos manifestantes jogou moedas nos membros da CPI, mas n�o chegaram a atingir ningu�m. Ele foi retirado do plen�rio pelos seguran�as, e os outros manifestantes decidiram sair tamb�m. Apenas dois rapazes permaneceram na galeria.
Os manifestantes interromperam falas do presidente da comiss�o, vereador Chiquinho Braz�o (PMDB), do relator, Prof. Uoston (PMDB) e do procurador-geral do munic�pio, Fernando Dion�sio, com risadas e aplausos ir�nicos. Eles tamb�m chamavam a composi��o da CPI de "quadrilha" e gritavam "Braz�o, eu n�o me engano, seu cora��o � miliciano".
Braz�o e Prof. Uoston se irritaram com as interrup��es, afirmando que n�o seria poss�vel continuar com os trabalhos da CPI dessa forma. "N�o d� para ficar nessa mesquinharia de manifesta��o de pessoas que s� querem criar o caos", disse o relator. "A quem interessa que n�o sejam apurados os fatos dessa CPI? A uma tropa que � o espelho do comandante, e o comandante est� ausente", comentou Braz�o, em refer�ncia ao vereador Eliomar Coelho, que deixou a comiss�o. O presidente afirmou, ainda, que Coelho, como proponente da comiss�o, � seu membro nato e, portanto, n�o pode renunciar. "Ele est� faltando a todas as oitivas."
O procurador-geral respondeu a perguntas por cerca de uma hora. Ele afirmou que n�o houve forma��o de cartel no processo licitat�rio de 2010, conforme investiga��o do Tribunal de Contas do Munic�pio e do Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (CADE), "apesar de coincid�ncias como o uso de mesmos advogados e bancos pelas empresas".