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Estado de Minas

Senador boliviano chora em depoimento � Justi�a Federal

No seu depoimento, o senador disse que a sa�da da embaixada n�o foi de risco total. Ele lembrou que foi acompanhado por Saboia e por fuzileiros da embaixada durante todo o trajeto


postado em 11/09/2013 20:43 / atualizado em 11/09/2013 20:54

Em um depoimento interrompido por choros, o senador boliviano Roger Pinto Molina relatou nesta quarta-feira � Justi�a Federal que o escrit�rio da embaixada brasileira em La Paz, onde ficou asilado durante um ano e tr�s meses, correu risco de invas�o por aliados do governo Evo Morales, que queriam prend�-lo. "Eu ouvia uma multid�o gritar ladr�o, corrupto, e dizer 'vamos invadir a embaixada para tirar o senador'", afirmou. "Todos os dias eram dif�ceis, insuport�veis, iguais."

O senador disse que francos atiradores foram posicionados diante do pr�dio da representa��o brasileira e os funcion�rios do Itamaraty acabaram criminalizados. Diante do juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, Pinto Molina disse que Juan Ram�n Quintana, ex-ministro da Presid�ncia da Bol�via, pagou um matador para elimin�-lo. O senador ainda acusou o governo Evo Morales de rela��es com cart�is de coca�na. O diplomata brasileiro Eduardo Saboia, que ajudou Pinto Molina a sair da embaixada e vir para o Brasil evitou comentar a declara��o do senador. Saboia observou que n�o estava durante todo o per�odo de perman�ncia dele no pr�dio.

Representantes da Advocacia Geral da Uni�o (AGU) que acompanharam o depoimento n�o questionaram o senador sobre os riscos que a embaixada brasileira teria sofrido. Israel Pinheiro, subprocurador regional da AGU, que tamb�m acompanhou o depoimento, se limitou a questionar Pinto Molina sobre o poss�vel risco de morte que ele correu durante a viagem ao Brasil, que n�o foi comunicada ao governo boliviano. Em determinado momento, o juiz Catta Preta Neto reclamou que o representante da AGU quis impedir perguntas da defesa do diplomata Eduardo Saboia. Catta Preto observou, em outro momento, que o Brasil n�o vive uma ditadura. "Deus nos livre", desabafou.

O advogado Ophir Cavalvante, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que defende Saboia, avaliou que a estrat�gia da AGU � insistir na tese de que o senador correu risco de morte ao fazer a viagem para o Brasil. "Est� claro, no entanto, que pela demora dos governos no caso, o senador n�o tinha outra op��o, sob pena de mofar at� a morte no cativeiro."

No seu depoimento, o senador disse que a sa�da da embaixada n�o foi de risco total. Ele lembrou que foi acompanhado por Saboia e por fuzileiros da embaixada durante todo o trajeto. Ele contou que, durante a perman�ncia na representa��o brasileira, o ex-embaixador brasileiro Marcel Biato relatou que o governo boliviano chegou a propor a sua viagem para o Brasil sem um "salvo-conduto", uma autoriza��o. Os diplomatas estranharam a proposta. Pinto Molina disse que estava em processo de "degrada��o mental" quando recebeu ajuda para sair da embaixada, onde viveu num quarto de 4 metros quadrados, sem luz direta do sol ou banheiro. "Devo a minha vida ao Eduardo e a minha liberdade ao Brasil."


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