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Estado de Minas

Ex-prefeitos mineiros presos por fraudes em licita��es acusam deputado

Em depoimento � PF, Ademir Camilo (PSD-MG) � apontado como intermedi�rio de recursos do ProJovem com o Minist�rio do Trabalho, negociando diretamente com ex-ministro Lupi


postado em 12/09/2013 06:00 / atualizado em 12/09/2013 07:31

O ex-prefeito de Januária Maurílio Arruda disse à PF que foi procurado pelo assessor de Ademir Camilo, Marcus Vinícius, em nome do IMDC (foto: Solon Queiroz/Esp.EM/D.A.Press)
O ex-prefeito de Janu�ria Maur�lio Arruda disse � PF que foi procurado pelo assessor de Ademir Camilo, Marcus Vin�cius, em nome do IMDC (foto: Solon Queiroz/Esp.EM/D.A.Press)

Ex-prefeitos de cidades mineiras presos pela Opera��o Esopo, da Pol�cia Federal, apontaram o deputado federal Ademir Camilo (PSD-MG) como intermedi�rio de verbas do ProJovem, liberadas pelo Minist�rio do Trabalho e Emprego (MTE) e direcionadas para munic�pios do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha, onde o parlamentar foi votado. O programa �
O deputado Ademir Camilo (PSD-MG) nega ter sido intermediário de recursos desviados do ProJovem(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
O deputado Ademir Camilo (PSD-MG) nega ter sido intermedi�rio de recursos desviados do ProJovem (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
uma das maiores fontes de recursos sob suspeita de desvio para a organiza��o da sociedade civil de interesse p�blico (Oscip) Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), com sede em Belo Horizonte, acusado de desviar R$ 400 milh�es de recursos p�blicos nos �ltimos cinco anos. A opera��o que prendeu 22 pessoas, incluindo seis ex-prefeitos, provocou a queda de quatro pessoas no MTE, entre elas o n�mero 2 da pasta, o secret�rio-executivo Paulo Roberto Pinto, filiado ao PDT.

O deputado, contudo, refuta as acusa��es e nega envolvimento com irregularidades. “Deputado n�o � intermedi�rio. N�s tivemos uma formatura em Belo Horizonte da primeira turma do ProJovem em Minas, de 12 mil pessoas, e eu estive presente. Posteriormente o ministro (Carlos Lupi) garantiu ao governador Antonio Anastasia (PSDB) que iria ampliar o n�mero de jovens atendidos”, garantiu ele. Segundo Camilo, todas as cidades atendidas no estado foram as que o Minist�rio havia estipulado.

Segundo reportagem do Estado de Minas em janeiro de 2012 que denunciou as a��es do IMDC, Ademir Camilo participou de solenidades de lan�amento do ProJovem em munic�pios onde � votado. Uma delas � S�o Francisco. Em depoimento � PF, o ex-prefeito da cidade Jos� Ant�nio da Rocha Lima (eleito pelo PT e que acabou sendo afastado do cargo por den�ncias de malversa��o de dinheiro p�bico investigadas na Opera��o Conto do Vig�rio), negou irregularidades no contrato com o IMDC e confirmou que Camilo “foi quem conseguiu a verba para o projeto” que resultou na contrata��o da Oscip. O ex-prefeito de S�o Jo�o da Ponte F�bio Fernandes Cordeiro (PTB), o F�bio Madeiras, declarou tamb�m � PF que teve conhecimento de que o deputado negociava diretamente com o ex-ministro Carlos Lupi. Para conseguir abocanhar recursos do Projovem, o presidente do IMDC, Deivson Vidal, teria se aproximado de Ademir Camilo, que, por sua vez, exercia influ�ncia na libera��o dos recursos do programa.

J� o ex-prefeito de Janu�ria Maur�lio Arruda (PTC) alegou em seu depoimento que o deputado � apoiado por um grupo pol�tico rival dele e que quando tomou posse em janeiro de 2009, j� estava consignada emenda parlamentar do ex-pedetista, destinando R$ 1,4 milh�o ao programa. “As metas do Projovem em Janu�ria n�o foram cumpridas porque a pr�pria prefeitura notificou o IMDC para cancelar o contrato ao sentir que o instituto era de compet�ncia duvidosa para atender os objetivos contratuais”, garantiu Arruda, que chegou a ser detido na opera��o da PF, mas teve pris�o revogada pela Justi�a Federal.

No depoimento, Arruda declarou que chegou a ser procurado por Marcos Vinicius Silva, o Marquinhos, ex-assessor de Camilo e que teria atuado tamb�m em nome da Oscip. “Ele (Marcos Vinicius) quis saber por que a prefeitura tinha rompido o contrato com o IMDC. Eu respondi que o motivo era que o servi�o prestado n�o estava sendo adequado”, afirmou ele. Marcus Vinicius teve pris�o tempor�ria decretada na Opera��o Esopo, mas est� foragido desde 2 de julho, quando teve pris�o decretada em outra opera��o da PF, que investiga a venda de t�tulos advocat�cios falsos, usados para compensa��o tribut�ria pelas prefeituras junto � Uni�o.


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