Rio e Washington - A presidente Dilma Rousseff disse nessa quarta-feira que ainda aguardava um posicionamento dos Estados Unidos a respeito das den�ncias de espionagem da Ag�ncia Nacional de Seguran�a (NSA) americana, sobre sua comunica��o pessoal e a Petrobr�s. O Planalto tinha expectativa de receber uma resposta do governo americano ontem � noite. Dilma n�o disse se manter� a visita oficial de Estado a Washington em outubro.
“Vou esperar agora a resposta do governo(americano). Quando eu souber, eu falo”, afirmou, em r�pida entrevista ao fim de uma visita ao estaleiro Inha�ma, no Rio, onde est�o sendo feitas obras em uma plataforma para a Petrobr�s.
A presidente da Petrobr�s, Gra�a Foster, tamb�m presente ao evento, defendeu a qualidade do sistema de prote��o de informa��es da companhia e disse que o Brasil � um “pa�s tranquilo”, sem amea�as terroristas que poderiam justificar atos de espionagem.
O eventual cancelamento da visita de Dilma Rousseff aos Estados Unidos no pr�ximo m�s teria impacto negativo para os dois lados e prejudicaria o processo de fortalecimento da rela��o bilateral em andamento desde o in�cio da gest�o da presidente, em 2011, avaliam especialistas ouvidos pela reportagem.
A tentativa de viabilizar a viagem teve um cap�tulo crucial ontem, com o encontro do ministro das Rela��es Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, e a conselheira de Seguran�a Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice, em Washington.
“Os governos do Brasil e dos Estados Unidos precisam decidir se v�o deixar o di�logo bilateral continue a ser ref�m de um jornalista, que poder� divulgar novas informa��es quando quiser”, afirmou Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute do Wilson Center, em refer�ncia a Glenn Greenwald, colunista do The Guardian, que divulgou documentos sobre a intelig�ncia americana em poder do ex-t�cnico da NSA Edward Snowden.
A visita ter� um car�ter simb�lico importante, observou Peter Hakim, do Inter-American Dialogue. “Essa � a primeira visita de Estado de um presidente brasileiro aos Estados Unidos desde Fernando Henrique Cardoso e a �nica programada pela Casa Branca para este ano”, ressaltou.