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Estado de Minas

Visita adiada tem mesmo tom em comunicados do Planalto e da Casa Branca

Em comunicados com reda��o semelhante, Planalto e Casa Branca confirmam a suspens�o de encontro de Dilma com Obama. Washington "lamenta" e diz esperar solu��o r�pida para a crise


postado em 18/09/2013 06:00 / atualizado em 18/09/2013 06:51

Dilma considerou que a visita estaria condicionada ao tema espionagem, ainda sem
Dilma considerou que a visita estaria condicionada ao tema espionagem, ainda sem "solu��o satisfat�ria" (foto: Ianno Andrade/CB/D.A Press - 9/9/13)

Bras�lia –
Na mais dura resposta internacional aos Estados Unidos desde que vieram � tona as den�ncias de que o pa�s estaria espionando na��es amigas, a presidente Dilma Rousseff confirmou ontem o adiamento da visita de Estado que faria a Washington em 23 de outubro. Seria a primeira com esse status no segundo mandato de Barack Obama e a �nica programada para este ano pelo governo americano. Em notas divulgadas quase ao mesmo tempo, o Planalto e a Casa Branca disseram que a decis�o foi acertada entre os dois governantes. Uma nova data n�o foi marcada, mas Washington sinalizou com a disposi��o de que seja no prazo mais breve poss�vel. A resposta brasileira foi uma clara demonstra��o de descontentamento com as explica��es apresentadas at� agora sobre a pr�tica dos servi�os de intelig�ncia dos EUA, que n�o pouparam sequer as comunica��es da presidente.

O comunicado foi formulado para dar uma resposta sem aumentar a temperatura da crise diplom�tica. “Na aus�ncia de tempestiva apura��o do ocorrido, com as correspondentes explica��es e o compromisso de cessar as atividades de intercepta��o, n�o est�o dadas as condi��es para a realiza��o da visita na data anteriormente acordada”, diz a nota. O texto menciona o telefonema que a presidente recebeu de Obama na noite anterior. Os dois concordaram que n�o havia clima para a visita, inclusive pelo risco de que novas den�ncias surgissem �s v�speras da chegada de Dilma, ou mesmo durante a estada dela nos EUA. O presidente americano comprometeu-se a buscar uma solu��o para o impasse, mas dificilmente isso seria poss�vel em tempo para a visita de Estado.

Antes de divulgar o comunicado, a presidente voltou a conversar com o ministro das Rela��es Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo. Pela manh�, o Itamaraty entrou em contato com a assessora de Seguran�a Nacional da Presid�ncia americana, Susan Rice, e adiantou o teor da nota, que veio a p�blico no in�cio da tarde.

Segundo interlocutores da presidente, o cen�rio eleitoral que se desenha para 2014 pesou na decis�o. Dilma ponderou que sua presen�a em Washington, em meio �s solenidades de uma visita de Estado – com direito a cerim�nias militares e a um jantar de gala na Casa Branca –, representaria um grave risco para sua imagem, caso fossem divulgados novos epis�dios de espionagem. A hip�tese foi aventada na sexta-feira, quando Dilma se encontrou, na Granja do Torto, com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e outros conselheiros pol�ticos. A decis�o pelo adiamento, apoiada por Lula, teria o papel de refor�ar o discurso da presidente em defesa da soberania nacional, tema que ser� amplamente explorado na campanha pela reelei��o.

O comunicado da Casa Branca vai na mesma linha e reafirma que o presidente Obama “compreende e lamenta as preocupa��es geradas no Brasil pelas revela��es de supostas atividades de intelig�ncia norte-americanas”. O texto assinala que o governo americano mant�m o compromisso de trabalhar com a presidente brasileira, pelos canais diplom�ticos, “a fim de superar essa quest�o como fonte de tens�o” no relacionamento bilateral.

Segundo documentos vazados pelo ex-consultor da Ag�ncia de Seguran�a Nacional (NSA) Edward Snowden, foram monitoradas comunica��es da presidente e do colega mexicano, Enrique Pe�a Nieto. Em den�ncias recentes, o nome da Petrobras apareceu em slides de treinamentos da ag�ncia. Os pap�is foram entregues ao jornalista americano Gleen Greenwald, que vive no Rio de Janeiro e afirma ter em seu poder mais de 20 mil documentos da NSA. (Colaborou Renata Tranches)


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