Pol�cia Federal faz busca em mans�o do presidente do IMDC

A Pol�cia Federal cumpriu ontem mandado de busca e apreens�o na mans�o do presidente do Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), Deivson Oliveira Vidal, preso durante a Opera��o Esopo, que deteve integrantes de uma quadrilha suspeita de desviar recursos p�blicos por meio de fraudes em licita��es. A suspeita era de que havia dinheiro escondido na casa do empres�rio. Ele deixou a Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, por volta das 8h para acompanhar as buscas e retornou �s 15h, segundo informa��es da Secretaria de Estado de Defesa Social. O advogado de Deivson, Marcelo Leonardo, afirmou que foram encontrados no local rel�gios “de uso pessoal”.

No dia em que a Opera��o Esopo foi deflagrada, na segunda-feira da semana passada, a PF apreendeu na casa do presidente do IMDC, no luxuoso condom�nio Alphaville Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, R$ 150 mil em dinheiro, joias, dois carros importados, um helic�ptero e lan�a-perfume. Ele j� foi indiciado por forma��o de quadrilha, fraude em licita��o, peculato, corrup��o ativa e tr�fico de droalvo de fraudesgas. Em janeiro de 2011, reportagens do Estado de Minas revelaram o enriquecimento suspeito de Deivson, na �poca com 29 anos.

A organiza��o da sociedade civil de interesse p�blico (Oscip) presidida por ele, investigada por irregularidades desde o in�cio de 2011, � apontada como o piv� do esquema. De acordo com as apura��es da PF, o IMDC assinou conv�nios com cinco minist�rios, entre eles o do Trabalho e Emprego, para realiza��o de cursos de forma��o profissional, festivais culturais e perfura��o de po�os artesianos. Quatro servidores da c�pula do Minist�rio do Trabalho, entre eles o n�mero 2 da pasta, foram exonerados.

O IMDC est� registrado em nome de Deivson, mas as investiga��es apontam que o verdadeiro dono � o deputado federal Ademir Camilo (PSD-MG). Conforme a PF, o instituto teria sido beneficiado por prefeituras que receberam recursos do programa Projovem, por meio de contrata��o sem licita��o, ou facilitando a disputa para a escolha do instituto. Os recursos eram repassados pela Uni�o e pelos estados, mas sofriam desvios sem que os servi�os fossem realizados. Segundo estimativa da PF, o rombo nos cofres p�blicos pode ter chegado a R$ 400 milh�es em cinco anos.

Entre os investigados, Deivson � o �nico que teve mandato de pris�o preventiva de 90 dias decretado pela Justi�a. Na quinta-feira, os funcion�rios do IMDC Daniel Amaral, Willian Luzia de Oliveira J�nior, Cristiano Lacerda e Rafael Augusto foram soltos da Penitenci�ria Nelson Hungria.