PDT ame�a n�o indicar substituto para Dias

Em tom de amea�a, o PDT decidiu n�o indicar nenhum nome para o Minist�rio do Trabalho e Emprego (MTE) ou qualquer outra pasta at� o fim da gest�o Dilma Rousseff, caso o ministro Manoel Dias deixe o cargo. A posi��o est� fechada, embora a legenda tenha delegado a Dias a decis�o de seu futuro no governo.

"N�o vemos a possibilidade da presidente (Dilma) pedir esse cargo, mas se o ministro resolver renunciar, uma coisa voc�s podem anotar: n�o existe a menor possibilidade de o PDT indicar outro nome para esse minist�rio, nem nenhum outro. Isso j� � ponto decidido.", afirmou o anfitri�o da reuni�o de hoje, o l�der do PDT na C�mara, Andr� Figueiredo (CE). Segundo ele, a sigla entende o "momento extremamente angustiante que passa a figura do ministro", mas ressaltou que a ren�ncia ao cargo est� sob avalia��o.

Figueiredo disse ainda que Manoel Dias est� "obstinado" a fazer o pente-fino no MTE. "Ele quer deixar isso como legado. Se ele conseguir isso em 15, 20 dias. N�o � que ele vai sair. Vai deixar isso de miss�o cumprida", explicou.

As bancadas do partido na C�mara e no Senado passaram cerca de uma hora e meia com o ministro do Trabalho e o presidente da legenda, Carlos Lupi, ex-ministro da Pasta. Lupi deixou o comando do MTE em 2011, em meio a den�ncias semelhantes �s atuais, mas reiterou a confian�a do partido em Dias e disse achar "remot�ssima" a possibilidade de o partido substitu�-lo. Em defesa ao atual ministro, Lupi disse que ele "foi pego para Cristo" pela imprensa, e nesse caso, "tem que apanhar at� acabar".

Reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo informa que auditoria da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) revela que uma entidade contratada pelo Minist�rio do Trabalho e Emprego repassou dinheiro a militantes do PDT catarinense sem comprovar se, de fato,os servi�os foram prestados. A lista inclui o ex-presidente da Juventude do partido em Santa Catarina John Sievers Dias, que, em entrevista ao Estado, disse que o ministro Manoel Dias (PDT-SC) montou esquema para que funcion�rios da legenda recebessem da Ag�ncia de Desenvolvimento do Vale do Rio Tijucas e Rio Itaja� Mirim (ADRVale), detentora de conv�nios com a pasta.

A poss�vel sa�da do PDT da Esplanada pode significar um rompimento com a base do governo Dilma, apesar de o l�der na C�mara afirmar n�o haver essa possibilidade. O temor de perder o apoio de mais uma legenda na corrida pela reelei��o do ano que vem - hoje o PSB j� deve anunciar a sa�da do governo - tem feito a presidente Dilma esperar e manter a cautela sobre a sa�da de Manoel Dias do Trabalho.