O desembarque do PSB do governo de Dilma Rousseff levou o Pal�cio do Planalto e o PT a articular uma estrat�gia de asfixia dos palanques estaduais em forma��o ao redor da poss�vel candidatura a presidente do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. O pre�o disso, por�m, pode ser um menor n�mero de governadores petistas eleitos em 2014. Pelos c�lculos, o plano colocar� o PT em dificuldades para manter seus atuais governos estaduais - Acre, Bahia, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Sergipe -, embora considere que ser� competitivo pelo menos em S�o Paulo, com o ministro Alexandre Padilha (Sa�de), e no Paran�, com a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil).
O motivo � que, com a sa�da do PSB, ser�o necess�rias concess�es aos aliados muito maiores dos que as previstas. � dado como certo que o PT n�o conseguir� eleger o governador de Sergipe e que ter� dificuldades na Bahia, onde poder� enfrentar uma alian�a entre o PMDB de Geddel Vieira Lima e o PSB, e no Distrito Federal, onde o PDT dever� se aliar ao PSB do senador Rodrigo Rollemberg.
Tamb�m h� d�vidas quanto � participa��o do PDT na alian�a de Dilma, visto que est�o adiantadas as conversa��es do partido com Campos. No auge da crise do PDT na semana passada, quando at� o secret�rio executivo do Minist�rio do Trabalho, Paulo Pinto, se demitiu ao aparecer como investigado pela Pol�cia Federal num esquema de desvios de recursos para ONGs, e outros assessores foram presos, o presidente do partido, Carlos Lupi, teve uma longa conversa com Campos.
A aproxima��o do PSB de outros partidos da base aliada federal tem causado grandes apreens�es no Planalto e no PT. Tanto � que a ordem � fazer de tudo para atrapalhar a formaliza��o dos palanques do PSB com os aliados, al�m de afastar os petistas de alian�as com o governador de Pernambuco. Essa atitude parece n�o assustar os pessebistas, que j� consideravam a exist�ncia de dificuldades. Eles afirmam que estar�o presentes nas 27 unidades da Federa��o.
"Na conversa que teve com a presidente Dilma Rousseff no dia em que comunicou o rompimento (quarta-feira), o governador Eduardo Campos disse a ela que j� estava com muitas dificuldades para fechar coliga��es com petistas, al�m da press�o que sofria para que o PSB lan�asse candidato pr�prio", disse ao Estado o senador Rodrigo Rollemberg, prov�vel candidato ao governo do Distrito Federal.
At� a crise com o governo, o PSB tinha conseguido encaminhar conversa��es para alian�as com o PT em Alagoas, Amap�, Bahia, Cear�, Esp�rito Santo e Sergipe. Hoje, n�o h� mais certeza de que as coliga��es v�o prosperar. Pelo menos na Bahia e no Cear� � prov�vel que surjam mudan�as com a reviravolta da sa�da do PSB do governo.
Sudeste
Campos sabe que ter� dificuldades no Sudeste. "O palanque no Rio � o nosso maior problema. Por enquanto, vamos organizar as candidaturas a deputado federal e a estadual. Depois, vamos ver como ser� a quest�o do palanque", afirmou Rollemberg. O partido poder� apoiar a candidatura do t�cnico de v�lei Bernardinho, que se filiou ao PSDB e poder� disputar o governo fluminense.
"Em compensa��o, vamos ter palanques duplos no Paran� e em Minas Gerais", disse o senador. No Paran�, o PSB apoiar� a reelei��o do governador tucano Beto Richa; em Minas, pode fechar com o que for apoiado pelo presidenci�vel do PSDB, A�cio Neves, e ainda ter candidato pr�prio, o prefeito de Belo Horizonte, M�rcio Lacerda. Em S�o Paulo, dever� fechar com a reelei��o de Geraldo Alckmin, que enfrentar� o petista novato na pol�tica Alexandre Padilha, apadrinhado do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
O PT, no entanto, prepara a rea��o. J� est� trabalhando onde percebeu que h� possibilidades de que o governador conquiste palanques nos partidos aliados. H� uma intensa press�o em cima do PP e do PDT do Rio Grande do Sul para que apoiem a reelei��o de Tarso Genro (PT). Os dois partidos t�m conversado com Campos.
Em Santa Catarina, o PT faz de tudo para afastar o PSD de Gilberto Kassab do PSB. Para fugir ao ataque, o PSB agregou aos seus quadros o grupo do ex-senador Jorge Bornhausen. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.