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Estado de Minas

Senador usa verba de gabinete para fazer 'caridade'

Durante os primeiros tr�s meses de mandato, de acordo com sua presta��o de contas, Wilder pagou R$ 3 mil a t�tulo de aluguel para uma antiga entidade assistencial de Goi�nia


postado em 23/09/2013 09:31 / atualizado em 23/09/2013 10:31

Wilder era suplente de Demóstenes Torres, cassado após envolvimento no escândalo que envolveu Carlinhos Cachoeira. (foto: Marcos Oliveira /Agência Senado)
Wilder era suplente de Dem�stenes Torres, cassado ap�s envolvimento no esc�ndalo que envolveu Carlinhos Cachoeira. (foto: Marcos Oliveira /Ag�ncia Senado)

O senador Wilder Morais (DEM-GO) usa R$ 3 mil mensais da verba de gabinete para pagar o aluguel de seu escrit�rio pol�tico em Goi�nia. Diz fazer o pagamento a uma associa��o, mas a entidade n�o tem nenhuma propriedade. O im�vel em quest�o, na verdade, pertence a uma construtora cujo dono � s�cio do senador em outros neg�cios. Na pr�tica, Wilder faz “filantropia” com verba p�blica.

O senador assumiu o mandato no ano passado. Wilder era suplente de Dem�stenes Torres, cassado pelo Senado pelo envolvimento no esc�ndalo que envolveu o empres�rio Carlinhos Cachoeira.

Durante os primeiros tr�s meses de mandato, de acordo com sua presta��o de contas, Wilder pagou R$ 3 mil a t�tulo de aluguel para uma antiga entidade assistencial de Goi�nia, o Lar de Jesus. Mas o pr�prio presidente da entidade, Weimar Muniz, afirmou � reportagem que a opera��o foi fict�cia. O dinheiro, segundo ele, foi destinado a um cunhado, Cleobaldo Martins, que faz trabalhos sociais em uma associa��o que n�o tinha como emitir os recibos.

“O dinheiro nem entrou no caixa do Lar de Jesus. Para acertar as contas do senador, emiti os recibos, tivemos que jogar para ingl�s ver. Tivemos at� uma certa dificuldade na contabilidade”, afirmou Muniz.

Depois dos tr�s meses, o aluguel passou a ser pago para a Associa��o Tio Cleobaldo, presidida pelo cunhado de Muniz. Cleobaldo Martins admite que n�o possui nenhum im�vel e afirma que a associa��o mal consegue dar conta de bancar os cerca de R$ 6 mil mensais de despesas com refei��es para moradores de rua.

Contudo, conseguiu firmar um contrato de comodato com a construtora Unotech, dona do im�vel onde fica o escrit�rio pol�tico do senador. Um dos propriet�rios da empresa � Waldo Caetano, s�cio de Wilder em outros empreendimentos. Pelo contrato, a Tio Cleobaldo tem direito a explorar o aluguel por um ano.

Tanto Waldo quanto Wilder disseram que foi o primeiro quem teve a ideia filantr�pica. Ambos j� ajudavam as entidades com dinheiro de uma construtora em que eram s�cios, a Orca. O senador e o s�cio s�o amigos desde os tempos de faculdade.

Al�m disso, os presidentes das duas entidades afirmaram que Wilder � o filantropo. Cleobaldo disse que sempre foi ajudado pelo senador, e que, entre outras colabora��es, Wilder fez um anivers�rio de uma filha sua em uma creche das entidades sociais. “O dr. Wilder, antes de ser de ser pol�tico, ajudava muito. Devemos muito a esse senhor. Ele sempre ajudou.”


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