Rede Sustentabilidade sofre racha antes mesmo da cria��o oficial

A Rede Sustentabilidade ainda nem foi criada oficialmente mas j� rachou, pelo menos em Minas Gerais, estado onde sua principal lideran�a e fundadora, a ex-senadora Marina Silva, teve 21% dos votos no primeiro turno da elei��o presidencial de 2010. Integrantes do partido em Minas Gerais e que fazem parte tamb�m do comando nacional da legenda em forma��o divulgaram um manifesto criticando um dos coordenadores da sigla, o ex-deputado federal Jos� Fernando Aparecido de Oliveira. O motivo da briga interna seriam disputas em torno de nomes que estariam se filiando � legenda levados pelo ex-deputado.

O texto, encabe�ado pelo professor universit�rio C�ssio Martinho, tamb�m integrante da Executiva Nacional e que divide com Jos� Fernando o comando da Rede em Minas, acusa o grupo ligado ao ex-deputado de “desonestidade intelectual”, “vale-tudo”, “falta de transpar�ncia”, “conduta antidemocr�tica e trucul�ncia”. Segundo o manifesto, que est� colhendo assinaturas por meio de uma p�gina na internet, essas condutas desrespeitam os preceitos estabelecidos pela Rede e caracterizam “a pr�tica do grupo liderado por Jos� Fernando”. “Neste importante momento de virada rumo a uma cultura pol�tica efetivamente nova � preciso dar um basta ao processo insidioso que vem corroendo por dentro e desacreditando o sonho que funda a cria��o da Rede. � preciso dizer n�o � trucul�ncia, n�o ao vale-tudo, n�o � conduta antidemocr�tica.” Afirma o texto que, at� ontem, tinha o apoio de 139 integrantes e simpatizantes da legenda, que ainda conseguiu o registro na Justi�a Eleitoral de Minas Gerais.

O grupo liderado por C�ssio Martinho criou uma corrente dentro do partido batizado de Elo Rede e anunciou que n�o vai mais colaborar “com o grupo liderado por Jos� Fernando Aparecido e seus apoiadores”. Procurado pela reportagem, C�ssio n�o quis esclarecer os motivos que levaram ao rompimento dentro da legenda antes mesmo de seu reconhecimento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Disse apenas tratar-se de “uma quest�o interna” que ser� discutida depois do registro do partido. No entanto, no manifesto, o grupo afirma que j� solicitou uma “a��o imediata da Comiss�o e da Executiva Nacional para fazer cessarem as ocorr�ncias antidemocr�ticas (devidamente documentadas) a fim de que se possa, efetivamente, construir a pr�tica da nova pol�tica na Rede em Minas Gerais”.

O ex-deputado disse ter sido pego de surpresa pelo manifesto contra ele e considerou que esses embates fazem parte da constru��o de uma legenda que “preza pela democracia e horizontalidade”. Ele afirmou que lamenta que “integrantes da legenda estejam gastando suas energias em disputas internas de poder no lugar de canaliz�-las para o trabalho de registro”.