
Antes de integrar a equipe de Bezerra, Teixeira era presidente da Companhia de Gest�o de Recursos H�dricos do Cear�. Ele chegou ao minist�rio em fevereiro de 2012, substituindo o ent�o secret�rio Augusto Wagner Padilha, na mesma restrutura��o em que Bezerra tirou Paulo Fontana – indicado pelo peemedebista Geddel Vieira Lima – do comando da Superintend�ncia do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). A pedido de Bezerra, Gomes se apressou em liberar Teixeira do cargo e plantar o afilhado em uma das secretarias mais importantes da pasta. O movimento representou um avan�o da ala do PSB ligada aos Gomes sobre territ�rio peemedebista.
At� ontem, o nome do senador Vital do R�go (PMDB-PB) era tido como certo para ocupar o comando da pasta. A indica��o seria uma esp�cie de recompensa ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem se comportado na Casa como fiel aliado de Dilma e, at� o momento, � o �nico cacique da legenda sem um afilhado.
A presidente, contudo, preferiu entregar o cargo para os irm�os Gomes, que deixam o PSB em dire��o ao rec�m-criado PROS j� com uma cota – ainda que oficialmente tempor�ria – na Esplanada dos Minist�rios. Ao menos at� janeiro, para quando � esperada a �ltima reforma ministerial deste mandato, voltada prioritariamente para retirar da Esplanada os ministros que disputar�o cargos eletivos em 2014.
Apesar de Dilma ter frustrado as pretens�es peemedebistas, a rea��o do partido foi cautelosa. Na interpreta��o do l�der da legenda no Senado, Eun�cio Oliveira (CE), a presidente preferiu esperar o momento de trocas partid�rias assentar e tomar o pulso da base antes de fazer a indica��o formal. Vital do R�go se esquivou de comentar o caso. “Isso � uma quest�o para o PMDB tratar. Eu sou senador”, disse. Para um peemedebista que fala sob condi��o de anonimato, o problema foi a superexposi��o de Vital. “A presidente odeia ministro que se autoindica antes que ela tenha feito qualquer convite”, avalia.