
Na falta de um nome que aceite e seja vi�vel para disputar o governo de Minas Gerais, o PSB j� fala na possibilidade de n�o ter candidato pr�prio no estado, que � o segundo col�gio eleitoral do pa�s, e adotar um palanque duplo, que sirva tanto ao governador do Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), como ao senador A�cio Neves (PSDB). A tese foi admitida ontem pelo pr�prio Campos, que esteve em Belo Horizonte para a filia��o do presidente do Atl�tico, Alexandre Kalil. Segundo o pernambucano, o partido pode caminhar para um entendimento dentro do grupo que reelegeu o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, desde que tenha espa�o na chapa majorit�ria com vaga de vice-governador ou senador.
“Vamos discutir no campo pol�tico que estamos inseridos, que � o que elegeu o Marcio e o governador Anastasia. Nesse campo podemos ter uma candidatura do nosso partido ou de outro partido, essa decis�o n�o foi tomada ainda”, afirmou o Campos, presidente nacional do PSB. Segundo ele, o partido � “diferente de outras legendas” e demonstrou, ao longo de sua hist�ria, que n�o precisa ser o nome principal da chapa para fazer alian�a. “N�s gostamos de ser apoiados, mas sabemos apoiar. O importante � o interesse de Minas”, disse.
Na visita ao principal reduto de A�cio Neves, com quem tem proximidade, Eduardo Campos fez quest�o de ressaltar que a rela��o de amizade com o tucano � antiga e independe de os dois estarem na mesma trincheira. Ele afirmou, por�m, que o palanque duplo vai ocorrer em alguns estados e indicou que Minas Gerais pode ser um deles. Em discurso aos socialistas que acompanharam as �ltimas filia��es para as elei��es de 2014, Campos falou na constru��o de uma “ampla frente” que sirva aos cen�rios regional e nacional e voltou a sinalizar o trabalho por uma alian�a com o grupo de A�cio. “Saberemos caminhar sem desfazer alian�as que foram importantes para o partido ontem e que v�o ser amanh�”, refor�ou.
Passado
Ao lado de Lacerda, que acompanhou a coletiva e com quem havia se reunido minutos antes, Eduardo Campos falou sobre a candidatura do prefeito usando o tempo passado. Segundo ele, � um nome que tem todos os atributos, e o partido tem toda uma torcida por ele. “Claro que o partido olha para um estado como Minas, que tem um filiado como o Marcio, qualquer um gostaria que acontecesse (a candidatura ao governo). S� que o M�rcio, com justa raz�o, tem focado no trabalho dele”, disse.
O prefeito tamb�m reafirmou a pouca disposi��o de disputar o governo e afirmou ser poss�vel uma alian�a com o PSDB. “A probabilidade de que eu venha a ser candidato ao governo do estado � muito pequena mesmo, por v�rios motivos, entre eles, a minha pr�pria disposi��o. Mas � importante que o debate continue e, em fevereiro ou mar�o, teremos a posi��o absolutamente definitiva”, disse.
Alternativa
Aos militantes do PSB, Eduardo Campos disse que o partido n�o est� entre os que acham que o atual governo n�o fez nada, mas tamb�m discorda de quem acha que ele fez tudo. Ele afirmou ainda que o PSB ajudou o Brasil a melhorar na �ltima d�cada. “N�o d� para dizer que somos maiores ou melhores do que outros, mas podemos afirmar que o PSB vai ser uma alternativa para que o Brasil siga em frente mudando”, disse. Segundo o pr�-candidato, a primeira altera��o que o brasileiro quer ver � na pol�tica, com o fim das velhas raposas e dos acordos que deixam o povo brasileiro de fora. “O Brasil merece o respeito da classe pol�tica e � em nome desse respeito que estamos reunindo pessoas de bem para discutir o Brasil”, afirmou. O governador classificou Minas como um estado estrat�gico e disse que as filia��es de Kalil e de cerca de 30 nomes ontem fortalecem a legenda.
Aplaudido pela torcida organizada do seu time e pela milit�ncia, que o anunciou com gritos de “senador do Brasil � o Kalil”, o cartola afirmou que a dificuldade na pol�tica vai ser aprender a ser liderado. O novo pol�tico afirmou que n�o tem pretens�es de disputar nenhum cargo espec�fico, mas de servir � legenda. Ele foi apontado por Eduardo Campos como um nome que pode disputar qualquer cargo majorit�rio e afirmou que, na pol�tica, seu papel ser� discutir quest�es que influenciem a vida das pessoas. Come�ou criticando os pre�os, que considera abusivos, do refrigerante e do p�o de queijo no aeroporto de Confins. Kalil disse ser amigo de A�cio Neves, mas negou qualquer influ�ncia do tucano na sua filia��o.
Mudan�a nos portos
A Presid�ncia da Rep�blica confirmou ontem a sa�da de Le�nidas Cristino da Secretaria de Portos. No lugar dele, assume o economista Antonio Henrique Pinheiro Silveira, atual secret�rio de Acompanhamento Econ�mico do Minist�rio da Fazenda. A escolha segue a decis�o da presidente Dilma Rousseff nomear interinos para as pastas que ficarem vagas at� o final do ano, evitando, assim, antecipar o tabuleiro da reforma ministerial. Cristino deixa o cargo depois de o presidente do PSB, Eduardo Campos, anunciar que o partido deixar� os cargos que ocupada no governo.