
Anteontem, depois do encerramento da sess�o do TSE que sepultou a possibilidade de Marina ser candidata pela Rede nas elei��es de 2014, Sirkis e outros apoiadores da sigla se reuniram de madrugada com Marina para pressionar a ex-senadora a decidir ainda ontem seu destino pol�tico. Para disputar ano que vem, ela tem at� hoje para se filiar a alguma legenda. Segundo relatos de integrantes da Rede, os dois discutiram. Sirkis, que deixou o PV ontem, reclamou que a ex-senadora estava pensando apenas nela e deixando de lado os companheiros, especialmente os que t�m mandato eletivo e precisam de uma legenda para participar da disputa. Segundo ele, os erros come�aram em 2010. "A sa�da do PV foi precipitada por uma trag�dia de erros de parte a parte. Agora, ironicamente, ficamos � merc� de algum outro partido, possivelmente ainda pior do que o PV", avaliou ele.
Apesar das cr�ticas, o deputado federal disse que permanece atuando para viabilizar a Rede e que pretende apoiar o nome de Marina, caso ela saia mesmo candidata. Apesar de adiar para hoje seu destino partid�rio, a ex-senadora deu pistas de que pretende ser candidata ano que vem. "Ficarei com Marina como candidata presidencial porque ela � a nossa voz para milh�es de brasileiros, mas n�o esperem de mim a ren�ncia � lucidez e uma ades�o m�stica incondicional, acr�tica", afirmou o deputado.
Em entrevista coletiva no fim da tarde de ontem, a ex-senadora minimizou as cr�ticas de Sirkis. Para ela, os aliados da Rede participaram de uma reuni�o "tensa" na noite de anteontem, ap�s a decis�o do TSE, e devem ter precisado "descarregar a tens�o" de alguma forma. "N�s ficamos at� tarde numa reuni�o cansativa. Depois, o Alfredo teve que ir ao Rio de Janeiro e n�o tivemos a oportunidade de conversar hoje, mas o que aconteceu na reuni�o tinha a ver com um momento de muita tens�o, em que as pessoas estavam colocando o seu posicionamento. Cada um que saiu da reuni�o foi descarregar as suas tens�es escrevendo alguma coisa para acalmar o cora��o", disse Marina.
Filia��es
Os simpatizantes da Rede n�o esperaram o an�ncio da l�der, adiado para hoje, para se abrigar em partidos pelos quais poder�o disputar as elei��es do ano que vem. Alguns decidiram ficar nas atuais legendas e outros optaram por se filiar em uma das novas siglas criadas recentemente.
O deputado federal Domingos Dutra (MA) se filiou ao Solidariedade, legenda articulada pelo presidente da For�a Sindical, Paulo Pereira da Silva. Ele deixou o PT, partido do qual foi fundador no Maranh�o h� 33 anos, por causa da alian�a da legenda no estado com o grupo do senador Jos� Sarney (PMDB-AP). O parlamentar disse estar frustrado com a negativa para a forma��o da Rede. "Estou decepcionado e frustrado. Levamos sete meses para tentar montar a Rede e agora morremos na praia", afirmou. Dutra tinha convite para se filiar ao PSB, mas preferiu um partido novo para evitar ser enquadrado na puni��o por infidelidade partid�ria. Miro Teixeira (PDT-RJ) foi para o Partido Republicano da Ordem Social (PROS). O deputado federal Walter Feldman (SP), que deixou o PSDB para ingressar no Rede, ainda n�o definiu seu futuro.