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Estado de Minas

Eduardo Campos e Marina Silva definem estrat�gia para pr�-campanha

A decis�o sobre quem ser� o candidato do PSB ficar� para 2014, ap�s an�lises do cen�rio eleitoral


postado em 11/10/2013 08:46 / atualizado em 11/10/2013 08:57

Marina e Eduardo, durante entrevista em um hotel no Centro de São Paulo: integrantes da Rede e do PSB vão discutir o programa de governo(foto: Alice Vergueiro/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Marina e Eduardo, durante entrevista em um hotel no Centro de S�o Paulo: integrantes da Rede e do PSB v�o discutir o programa de governo (foto: Alice Vergueiro/Futura Press/Estad�o Conte�do)

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva decidiram explorar politicamente a pol�mica gerada nos �ltimos dias sobre quem ser� o cabe�a de chapa nas elei��es presidenciais do ano que vem. Os dois almo�aram ontem em S�o Paulo, no primeiro encontro deles ap�s o an�ncio da alian�a, no �ltimo s�bado, em Bras�lia. E decidiram esticar ao m�ximo a defini��o sobre quem ser� o candidato ao Planalto. “Temos a necessidade de come�ar a mudan�a pol�tica. E vamos come�ar cometendo os mesmos erros das pr�ticas pol�ticas que estamos condenando? Come�ar a discuss�o pela chapa, nomes, arranjo eleitoral para ir para o pol�tico de novo? N�o, n�s temos clareza de que essa � a hora de debater conte�do, o futuro. Em 2014, vamos tomar a decis�o sobre a chapa”, afirmou Campos.

Marina concordou com as palavras do presidente do PSB e afirmou que a parceria entre ambos inverte a l�gica da pol�tica tradicional. “Tradicionalmente, faz-se uma alian�a eleitoral, ganha-se o governo e depois inventa-se um programa. N�s estamos fazendo uma uni�o program�tica, vamos adensar a alian�a, dar subst�ncia ao conte�do e, a�, sim, a alian�a program�tica poder� se tornar uma alian�a f�tica”, disse Marina.
A estrat�gia foi desenhada durante a reuni�o de duas horas ontem entre Eduardo e Marina. Os dois avaliaram a repercuss�o da pol�mica sobre a cabe�a de chapa, que abriu uma discuss�o entre a milit�ncia dos dois partidos e ministros do governo Dilma Rousseff, al�m de fomentar debates em redes sociais e nas p�ginas de jornal. A an�lise � de que, nesse momento, o melhor a se fazer � deixar a d�vida no ar para confundir os advers�rios. N�o sem antes alfinetar os demais postulantes ao Pal�cio do Planalto.

“Quem tem estrutura use a estrutura. Quem tem muito tempo de televis�o use muito tempo de televis�o. N�s temos hist�rias e ideias novas que haver�o de encantar os cora��es, as mentes de muita gente que n�o est� presa nisso”, afirmou Eduardo. O governador pernambucano disse que a Rede e o PSB t�m “paci�ncia de sobra” para acompanhar as provoca��es. “Se acham que v�o ficar nos provocando, que fiquem”, disse. “Aqui n�o tem jogo, tem gente que tem coragem de fazer, gente que veio de uma hist�ria pol�tica que venceu muitas adversidades. N�s j� enfrentamos coisas muito mais complicadas do que teremos que enfrentar at� a hora certa em 2014.” Marina estar� em Recife na semana que vem e os integrantes da Rede e do PSB promover�o um semin�rio no pr�ximo dia 29 para come�ar a rascunhar o programa de governo conjunto dos dois partidos.

Cautela

Um advers�rio de Eduardo, certa vez, afirmou que ele, a exemplo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, � um ex�mio jogador de xadrez. Mas, ao contr�rio de Lula, que movimenta as pe�as no tabuleiro sob os olhos do oponente, Eduardo esconde os bispos e pe�es, tornando imprevis�veis os passos seguintes. � nisso que o presidente do PSB aposta nesse instante. Trabalhar em sil�ncio para evitar uma exposi��o antecipada da pr�pria candidatura.

V�rios fatores refor�am a cautela de Marina e Eduardo. O primeiro deles � evitar a desmobiliza��o da milit�ncia. Os socialistas sabem da insatisfa��o de boa parte dos marineiros com a alian�a entre os dois presidenci�veis, pois um grupo preferia que ela ficasse de fora da disputa ao Planalto em 2014 para reverberar o argumento de que havia sido v�tima de uma injusti�a do Tribunal Superior Eleitoral. J� os socialistas queixaram-se com as declara��es d�bias de Marina sobre quem seria o cabe�a de chapa e apressaram-se em anunciar que n�o h� d�vidas de que o escolhido ser� Eduardo Campos.

“Se o candidato n�o for o Eduardo, o PSB implode. Mas n�o precisamos definir isso agora”, confirmou um integrante da dire��o partid�ria. Outro fator que torna prudente o adiamento da defini��o � a ainda d�spare situa��o de ambos nas pesquisas de inten��o de voto. No �ltimo levantamento feito pelo Datafolha, Eduardo aparece com 8% das inten��es de voto e Marina, com 26%. “Isso tende a se dissipar no futuro. At� porque n�o far� mais sentido medir a inten��o de votos de algu�m que n�o ser� mais candidata”, prosseguiu o dirigente socialista.

A alian�a, contudo, comprou mais uma briga, al�m da pol�mica entre pessebistas e marineiros. O DEM, que ensaiava um flerte com Eduardo, saiu em defesa do deputado Ronaldo Caiado (GO), pr�-candidato do partido ao governo de Goi�s, que foi alijado da parceria com o PSB goiano ap�s Marina criticar a possibilidade de alian�a com um ruralista. Interlocutores do PSB disseram que o tema � p�gina virada e que s� valeria a pena comprar uma briga se o DEM nacional concordasse em se aliar aos socialistas. A expectativa � de que os democratas apoiem o senador A�cio Neves (MG), do PSDB.
O presidente nacional do DEM, senador Jos� Agripino (RN), soltou nota defendendo Caiado. “O DEM entende ter no deputado Ronaldo Caiado, l�der da bancada na C�mara dos Deputados, um honrado int�rprete de suas ideias voltadas para a produ��o e a consequente gera��o de empregos no campo. Repudia qualquer manifesta��o de dem�rito ao seu l�der, competente e bem intencionado, cuja a��o objetiva, s� e somente s�, o interesse nacional.”

Juntos, mas separados

A alian�a entre Eduardo Campos e Marina n�o esconde as arestas que precisam ser aparadas para o sucesso da uni�o

Milit�ncia
Marineiros querem a ex-senadora como candidata ao Planalto. Socialistas defendem que a vaga � do governador de Pernambuco

Alian�as
Marineiros defendem alian�a com a sociedade. J� os socialistas negociam palanques para ampliar o tempo de televis�o

Rela��o com o PT
Marina rompeu com Lula em 2009 e pode criticar com mais �nfase o governo e o PT. Eduardo deixou o governo h� um m�s. O PSB ajudou a eleger Dilma Rousseff

Desenvolvimento
Marina � rigorosa no que se refere � sustentabilidade e desenvolvimento econ�mico dentro de crit�rios ambientais. Eduardo incrementou a economia pernambucana, apesar de algumas cr�ticas ambientais, sobretudo no Porto de Suape

Empresariado
Marina tem ao seu lado os empres�rios mais voltados � sustentabilidade e os integrantes da Rede s�o contr�rios ao financiamento eleitoral privado, preferindo contribui��es de pessoas f�sicas. Eduardo est� desde o in�cio do ano se reunindo com o setor produtivo nacional, inclusive empres�rios do ramo de infraestrutura

Propaganda na tev�

A propaganda partid�ria do PSB, que foi ar ontem � noite, destacou a alian�a entre Eduardo Campos e Marina Silva. Eles defenderam fazer uma “nova pol�tica, com novas lideran�as”. Na parte final do v�deo, aparecem trechos dos discursos de Eduardo e Marina, em forma de jogral, proferidos no �ltimo s�bado, quando a ex-senadora firmou o acordo pol�tico com os socialistas.


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