Bras�lia - Aliados do governo federal exigiram nessa ter�a-feira, em negocia��es para cimentar o apoio ao projeto de reelei��o da presidente Dilma Rousseff, que a agenda do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva na elei��o esteja atrelada aos acordos firmados pelo PT. Isso significa que o acerto sobre a participa��o da presidente na campanha do aliado ter� que valer tamb�m para Lula.
Isso explicaria a exig�ncia do “combo Lula-Dilma”. As conversas para garantir o apoio a Dilma em 2014 envolvem, tamb�m, espa�os no governo e concess�es do PT na forma��o dos palanques estaduais.
nessa ter�a-feira, o presidente do PT, Rui Falc�o, desembarcou em Bras�lia para uma s�rie de encontros com aliados. O ministro da Educa��o, Aloizio Mercadante (PT), prov�vel coordenador pol�tico da reelei��o de Dilma, participou de algumas conversas, que ocorreram no gabinete dele no Minist�rio da Educa��o.
Mercadante tinha em sua agenda despachos internos a partir das 16h30. Mas o presidente do PT se instalou no gabinete do ministro, para onde seguiram alguns dos dirigentes dos partidos da base aliada.
Os primeiros a chegar foram o presidente nacional do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), e o senador Antonio Carlos Rodrigues, presidente do PR paulista. Depois deles, apareceram o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). “Recebi um chamado do ministro Mercadante, que quer conversar sobre o quadro eleitoral”, disse Ciro ao chegar ao Minist�rio da Educa��o, aparentando surpresa com o fato de Rui Falc�o j� estar na sala o aguardando.
Chapa Eduardo e Marina
A movimenta��o toda ocorre dez dias depois da ades�o da ex-ministra Marina Silva ao PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, prov�vel candidato a presidente contra Dilma em 2014. Tamb�m se d� dias depois de pesquisas de inten��o de voto apontarem vit�ria de Dilma no primeiro turno, mas com um cen�rio de crescimento de Eduardo Campos.
Mercadante disse que a conversa com os partidos aliados est� “indo muito bem”. “As perspectivas de manter a alian�a s�o �timas. E nossas conversas com o PR e o PP est�o muito avan�adas.” A assessoria de Mercadante afirmou que a legisla��o eleitoral n�o veda a realiza��o de encontros partid�rios no hor�rio do expediente. Admitiu que partiu dele a iniciativa de chamar dirigentes do PR e a c�pula do PP para as conversas de ontem. Hoje, Rui Falc�o e Mercadante devem conversar com o presidente do PDT, Carlos Lupi.
A antecipa��o das negocia��es com os partidos governistas foi acertada na quinta-feira passada em reuni�o de Lula com Dilma, Mercadante, Falc�o, o ex-ministro Franklin Martins e o marqueteiro Jo�o Santana. Lula sugeriu a Dilma que amarrasse os aliados com a maior urg�ncia poss�vel diante do ass�dio do tucano A�cio Neves e de Campos, ambos prov�veis advers�rios.
Nessa ter�a-feira, o presidente interino do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), informou a Rui Falc�o que seu partido far� alian�a com Eduardo Campos em Pernambuco e no Piau�. Raupp disse ainda que o PMDB e o PT ser�o advers�rios em nove Estados, entre eles S�o Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, tr�s dos maiores col�gios eleitorais do Pa�s.
Maranh�o
No Maranh�o, a decis�o da c�pula petista � apoiar Fl�vio Dino (PC do B), mas a “trai��o” ao grupo do senador Jos� Sarney (PMDB) contrariou o PMDB e levou a Planalto divulgar ontem nota afirmando que “n�o existe interfer�ncia presidencial na elei��o do Maranh�o”. O Planalto trata a poss�vel alian�a com Dino como “especula��o”.
O PMDB aguarda ainda a nomea��o do senador Vital do R�go (PB) para o Minist�rio da Integra��o Nacional.
O PP espera do PT coliga��o para as elei��es de deputados, pois tem como seu principal objetivo ampliar a bancada, hoje de 44 parlamentares. O partido exige, ainda, a manuten��o do Minist�rio das Cidades. No Amazonas, quer apoio de Lula e Dilma para eleger a deputada Rebecca Garcia ao governo. J� o PR pretende tirar de Dilma e do governo a garantia de que o Minist�rio dos Transportes ficar� com o partido.