Um dia ap�s o presidente do PSDB, senador A�cio Neves (MG), reunir a bancada da C�mara para tentar impedir palanques duplos com o PSB, o ex-governador de S�o Paulo Jos� Serra considerou inevit�vel a ocorr�ncia desses cruzamentos nos Estados.
"Quem � candidato n�o quer que o seu partido tenha palanque duplo nos Estados. Mas � inevit�vel que nas alian�as estaduais haja cruzamento. Voc� vai ter partido que apoia um candidato nacionalmente, mas que vai apoiar governador de outro partido", afirmou Jos� Serra ap�s participar do XVI Congresso Brasiliense de Direito Constitucional, em Bras�lia.
"No quadro atual, a tend�ncia do PSB � compor com o governador (Geraldo) Alckmin. E eles v�o ter com certeza um candidato nacional. N�o significa que o PSDB de S�o Paulo vai fazer campanha do outro candidato", acrescentou.
Questionado sobre possibilidade de tucanos aderirem a Campos, Serra classificou a hip�tese de especula��o. "H� muita especula��o. Vamos ver se o Eduardo Campos de fato vai ser candidato e a gente depois analisa. Acho que o quadro n�o est� totalmente definido", disse o tucano.
Recorrendo ao discurso de que o cen�rio ainda est� indefinido, Jos� Serra refor�ou que mesmo dentro do PSDB a decis�o sobre o nome que disputar� as pr�ximas elei��es presidenciais ser� tomada apenas em mar�o do ano que vem.
Dispon�vel
"Estarei dispon�vel para o partido para o que der e vier", afirmou. Apesar da declara��o, Serra deu sinais de que se n�o for candidato � Presid�ncia n�o pretende sair para a C�mara dos Deputados, uma das alternativas defendidas por alguns tucanos, uma vez que ele poderia puxar votos para a amplia��o da bancada na Casa.
"Uma coisa � para o que der e vier outra se conv�m do ponto de vista pol�tico ou n�o. Acho prematuro ficar analisando isso". Para o tucano, que disputou a �ltima elei��o presidencial, os advers�rios da presidente Dilma ter�o um cen�rio mais favor�vel em 2014.
"Acho que tem maiores chances. As �ltimas pesquisas mostram que na verdade a situa��o da reelei��o da presidente Dilma n�o � confort�vel. O �ndice de aprova��o � baixo para quem est� no comando do processo", considerou.
De forma ir�nica, ele criticou ainda a antecipa��o das elei��es e n�o poupou a petista. "Veja o governo Dilma, passou dois anos perplexo com a heran�a que recebeu do Lula e depois fazendo campanha, cad� governo? Isso quem paga o pre�o � o Pa�s", disse.
Puro sangue
O ex-governador afirmou que a alian�a de Campos e Marina � surpreendente e os efeitos est�o por vir. "� muito cedo para avaliar, muito cedo. Foi uma alian�a surpreendente, eu acho que surpreendeu o pr�prio Eduardo Campos. � um fato novo, agora saber as consequ�ncias disso, prever � muito dif�cil, muito dif�cil. Se algu�m que acha que est� prevendo bem, � que est� por fora", disse.
O ex-governador disse que "n�o faz o menor sentido" uma chapa puro sangue do PSDB para o Pal�cio do Planalto, seja com o senador A�cio Neves (MG) como cabe�a de chapa e ele como vice, ou vice-versa. Questionado pelo Broadcast Pol�tico, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, se os tucanos n�o est�o com "medo" de ficarem de fora do segundo turno presidencial, Serra respondeu: "Medo? N�o, eu n�o acho que vai ficar (de fora do segundo turno), mas n�o � problema de ter medo ou n�o ter medo."