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Estado de Minas AMBIENTALISMO DE ENCOMENDA

Dilma avan�a na seara de Marina Silva ao retomar a pauta da sustentabilidade

Presidente lan�a Plano Nacional de Agroecologia, com um discurso recheado de recados eleitorais


postado em 18/10/2013 06:00 / atualizado em 18/10/2013 06:48

Dilma Rousseff lançou programa que estava pronto desde junho e afagou pequenos produtores rurais(foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Dilma Rousseff lan�ou programa que estava pronto desde junho e afagou pequenos produtores rurais (foto: Wilson Dias/Ag�ncia Brasil)


Disposta a puxar para si o discurso ambientalista que sustenta a ex-senadora Marina Silva (PSB), a presidente Dilma Rousseff lan�ou ontem o Plano Nacional de Agroecologia e Produ��o Org�nica (Planapo), em uma cerim�nia repleta de recados pol�ticos e eleitorais. Apesar de estar pronto desde junho, o projeto � apresentado para contrabalan�ar a repercuss�o da alian�a de Marina com o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos. Dilma refor�ou que n�o adianta crescer se n�o houver equil�brio sustent�vel, prometeu que os profissionais do Mais M�dicos v�o para as zonas rurais brasileiras, garantiu a amplia��o do Programa de Aquisi��o de Alimentos (PAA) e afagou os pequenos produtores rurais. "Temos de discutir o futuro do Brasil rural e o seu papel no desenvolvimento do Brasil", defendeu a presidente.


Recepcionada aos gritos de “Ol�, ol�, ol�, ol�, Dilma, Dilma”, a presidente deixou para o chefe da Secretaria Geral da Presid�ncia, ministro Gilberto Carvalho, a tarefa de resolver a �nica saia justa na cerim�nia. O ministro da Agricultura, Ant�nio Andrade, vinha sendo vaiado toda vez que tinha o nome anunciado. Representantes de pequenos produtores, como Maria Ver�nica Santana, pediam que a presidente veta o projeto de lei que permite a utiliza��o de agrot�xicos e de uma esp�cie de semente transg�nica no campo. No momento em que um dos decretos seria assinado, Andrade foi vaiado mais uma vez. Gilberto Carvalho se levantou e pediu, com gestos de abafamento feitos com a m�o, que a hostilidade fosse cessadas. O ministro obteve sucesso e n�o houve mais manifesta��es contr�rias ao colega.


O ministro do Desenvolvimento Agr�rio, Pepe Vargas, reconheceu que o plano estava pronto h� mais tempo, mas que “coube � presidente decidir o melhor momento para apresent�-lo”. Sem citar o nome dos poss�veis advers�rios em 2014, Dilma justificou a op��o por apresentar a proposta de agroecologia nesta semana. “Sempre vai ter algu�m para perguntar: por que demorou tanto? � �bvio que leva muito tempo para as coisas acontecerem, porque um plano n�o pode sair apenas da cabe�a de tr�s ou quatro pessoas”, disse Dilma.


A presidente demonstrou ainda o desejo de que os produtos org�nicos sejam comercializados por interm�dio do Plano de Aquisi��o de Alimentos (PAA), um programa que prev� a compra, pelo governo federal, da produ��o de pequenos agricultores. Ao explicitar essa vontade, mais uma vez, Dilma fez uma refer�ncia indireta � disputa eleitoral. “Nesta �poca do ano, tem sempre algu�m fazendo perguntas estranhas. Perguntaram se o Plano de Aquisi��o de Alimentos acabaria. N�o s� n�o vai acabar como ser� ampliado”, declarou, sob aplausos.


Dilma elogiou a presen�a de jovens e mulheres na cerim�nia e confirmou a assinatura de 100 decretos de desapropria��o de terras em condi��es de serem utilizadas imediatamente pelos assentados rurais. Ao lembrar que o embri�o do Plano de Agroecologia havia sido lan�ado durante a Marcha das Margaridas (movimento criado pelas mulheres trabalhadoras rurais), Dilma mencionou novamente, ainda que de forma indireta, a disputa pol�tica. “Quando assumo um compromisso, eu cumpro!”, refor�ou, durante o an�ncio do programa que prev� R$ 8,8 bilh�es em investimentos nos pr�ximos tr�s anos. Na cerim�nia, Dilma ainda brincou com os cartazes levados pelo p�blico: “Queria avisar para voc�s que tem um problema comigo: eu n�o enxergo de longe com acuidade. � uma trabalheira voc�s botarem cartazes. Eu aperto o olho e n�o consigo ler. Se for pequenininho (o cartaz), a� que eu n�o enxergo mesmo”.


Agricultores

Ao menos entre a plateia, o discurso de Dilma seduziu parte dos ouvintes. “As coisas podem n�o ter avan�ado muito no governo atual, mas j� conhecemos a presidente Dilma. Marina ainda � uma estranha para a gente, n�o sabemos o que pode sair dessa alian�a dela com Eduardo (Campos) nem o que um vice poder� fazer por n�s”, afirmou o produtor rural Ant�nio Borges dos Santos, de Mato Grosso do Sul. J� o casal de assentados Clebson Gomes e Cristiane Cavalcanti de Albuquerque — presentes no evento com a pequena Maria Cec�lia, de 6 anos, no colo — destacou que os movimentos sociais j� escolheram candidato: Dilma Rousseff. “N�s conhecemos o Eduardo, ele governa o nosso estado”, disse Cristiane. Ambos s�o de Vit�ria de Santo Ant�o, na Zona da Mata pernambucana.

 

Promessas de campanha
Em 16 de outubro de 2010, �s v�speras da reuni�o sobre o apoio do PV no 2º turno, a ent�o candidata petista, Dilma Rousseff, enviou uma carta a Marina Silva na qual se comprometeu a vetar itens pol�micos do C�digo Florestal que estava em discuss�o no Congresso Nacional. Tr�s dias depois do envio da carta, Dilma anunciou outros compromissos voltados para a sustentabilidade.

Confira as principais promessas feitas h� tr�s anos:
» Vetar a anistia aos desmatadores e a redu��o das �reas de reserva legal e preserva��o permanente

» Dar seguimento a um projeto nacional de desenvolvimento que assegure grande e sustent�vel transforma��o produtiva do Brasil

» Defender o meio ambiente e garantir um desenvolvimento sustent�vel

» Prover as cidades de habita��o, saneamento, transporte e vida digna e segura para os brasileiros


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