O senador A�cio Neves (MG), prov�vel candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica em 2014, autorizou seus aliados a intensificarem negocia��es para a constru��o de uma chapa tucana puro-sangue com o ex-governador Jos� Serra. A possibilidade, categoricamente descartada por Serra, voltou a ser cogitada no PSDB diante da press�o com a chapa Eduardo Campos e Marina Silva, do PSB.
O ex-governador disse que n�o abandonou a pol�tica e que tem a garantia do pr�prio A�cio, “falando como presidente do PSDB, e n�o como candidato”, que a defini��o sobre a escolha do nome (para a sucess�o presidencial) s� ocorrer� em mar�o. “Portanto, est� tudo como era antes”, disse.
Serra tem lutado para que sejam realizadas pr�vias para a escolha do candidato que vai enfrentar Dilma Rousseff, e tamb�m agora a dupla formada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. O ex-governador disse que n�o se surpreendeu com a mais recente pesquisa Datafolha, na qual aparece com 20% das inten��es de voto, numa simula��o de disputa com Dilma e Marina. “J� tinha tudo isso presente. N�o � nada novo. E isso tudo numa semana de pico do Eduardo Campos e da Marina.”
Solu��o interna
De acordo com informa��es de tucanos, A�cio Neves tem trabalhado para tornar Serra o vice na chapa do PSDB. Com a estrat�gia, avaliam os aliados do mineiro, ele atrelaria Serra � campanha e teria chance concreta de conquistar o m�ximo de votos poss�veis em S�o Paulo.
O maior desafio para A�cio � justamente S�o Paulo. Em Minas Gerais, o tucano espera obter vota��o recorde. Se alcan�ar vota��o expressiva nos dois maiores col�gios eleitorais do Pa�s, o PSDB garantiria a ida ao segundo turno, provavelmente contra a presidente Dilma Rousseff, l�der nas pesquisas.
Mas, de acordo com informa��es de tucanos, as chances de a negocia��o prosperar s�o baix�ssimas diante da resist�ncia de Jos� Serra, que esbo�ou forte rea��o contra a ideia ontem ao ser abordado pela reportagem no plen�rio do Senado.
Sem aposentadoria
Contrariado, Serra assumiu de novo uma postura de candidato e, como tal, fez v�rios ataques ao governo de Dilma Rousseff. Reiterou que a situa��o no PSDB n�o est� definida e que n�o abandonou a pol�tica, ao contr�rio do que muitos pensavam que aconteceria. Para aliados de Serra, apesar de a maioria do PSDB dar como certa a candidatura de A�cio, ele permanecer� � espreita caso o mineiro desista de concorrer em 2014.
A rejei��o � vice tem sido tamb�m incentivada pelo grupo serrista. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse que essa hip�tese est� descartada. “Posso garantir que o Serra n�o ser� vice. Isso n�o foi pensado, n�o foi negociado, n�o foi falado. Ele � candidato a presidente. E espera pelo momento da defini��o”, afirmou o senador, que ontem recebeu Serra em seu gabinete, ao jornal O Estado de S. Paulo.
Do lado de A�cio - que controla os diret�rios nacional e estaduais - busca-se uma sa�da para o impasse entre os dois. Com poucas condi��es de v�-lo na vice, o plano B seria convencer Serra a disputar o Senado ou a C�mara e, ao mesmo tempo, ser uma esp�cie de coordenador do programa de governo dos tucanos.