
Bras�lia – O PMDB arma para mar�o uma rebeli�o que aumentar� a dor de cabe�a da presidente Dilma Rousseff no planejamento da campanha eleitoral de 2014. Insatisfeitos com a postura do PT nas negocia��es regionais, 10 diret�rios do partido amea�am organizar uma conven��o no in�cio do ano que vem com o objetivo de estudar outros caminhos al�m do alinhamento autom�tico com os petistas. Na pr�tica, isso significa uma interroga��o na aprova��o da chapa Dilma presidente e Michel Temer como vice.
A estrat�gia repete a pr�tica adotada em 2006, quando uma pr�-conven��o foi marcada para sepultar as esperan�as de Anthony Garotinho de ser o candidato do partido ao Planalto. Naquele ano, o partido resolveu apoiar oficialmente a reelei��o de Luiz In�cio Lula da Silva, pavimentando a constru��o da chapa presidencial nas elei��es de 2010.
Os peemedebistas rebeldes est�o espalhados pelos diret�rios do Cear�, Rio de Janeiro, Maranh�o, Alagoas, Bahia, Amap�, Par�, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Amazonas. Em todos eles o roteiro se repete. Em todos eles o PT demonstra extrema dificuldade em apoiar os candidatos do PMDB. No Rio de Janeiro, por exemplo, o partido j� optou pela candidatura do senador Lindbergh Farias contra o atual vice-governador, Luiz Fernando Pez�o. Na �ltima quinta-feira, o presidente nacional do PT, Rui Falc�o, almo�ou com Pez�o e o governador do Rio, S�rgio Cabral. O encontro s� serviu para aumentar a crise entre os dois partidos no estado.
No Maranh�o e no Amap�, a raz�o da crise � a mesma: a sinaliza��o do PT maranhense de que pode romper uma longa alian�a com o cl� Sarney para apoiar a candidatura do presidente da Embratur, Fl�vio Dino (PCdoB). O estrago foi t�o grande que o porta-voz da Presid�ncia foi obrigado a divulgar uma nota oficial desmentindo a informa��o de que a presidente Dilma Rousseff endossa a decis�o, ao lado do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Em Alagoas, outro cacique peemedebista est� envolvido no foco da insatisfa��o. O Planalto e o PT apoiam indiretamente uma candidatura do presidente do Senado, Renan Calheiros, ao governo estadual. Essa ideia j� havia sido aventada antes da elei��o para as mesas diretoras do Congresso. Renan n�o concordou � �poca e foi eleito presidente das Casas.
O PT tenta insuflar novamente a candidatura de Renan, pois o vice-presidente da Casa � o petista Jorge Viana (AC), que herdaria a cadeira e comandaria uma casa estrat�gica no �ltimo ano do primeiro mandato de Dilma. Mas Renan n�o est� muito disposto a abandonar o posto, principalmente porque, pelas regras legislativas, tem direito a concorrer novamente ao cargo em fevereiro de 2015. Mas, de olho na influ�ncia pol�tica local, ele pretende indicar o deputado Renan Filho para o governo estadual. Os petistas afirmam que Renanzinho � muito novo e n�o teria condi��es de contrapor-se � hegemonia tucana no estado – o PSDB governa Alagoas e a capital, Macei�.
Exclu�do
At� mesmo estados em que n�o h� rebelados vivem momentos de tens�o interna. Em Goi�s, por exemplo, n�o h� sinais de rompimento entre peemedebistas e petistas. O PT, inclusive, deve apoiar a candidatura do empres�rio Jos� Batista J�nior, o J�nior da Friboi. Com uma carreira empresarial consolidada, ele foi disputado por diversas legendas. Ele chegou a filiar-se ao PSB, mas, ap�s uma negocia��o que envolveu o vice-presidente Michel Temer, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma,desembarcou no PMDB. Principal lideran�a do partido em Goi�s, o ex-senador �ris Rezende se sentiu exclu�do das articula��es e amea�a questionar a parceria na conven��o estadual do ano que vem.