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Estado de Minas

Marcos Val�rio virou fazendeiro antes da condena��o pelo mensal�o

O advogado de Marcos Val�rio garante que o empres�rio optou por explorar economicamente a fazenda h� cinco anos e nega estrat�gia para evitar a Penitenci�ria Nelson Hungria


postado em 23/10/2013 06:00 / atualizado em 23/10/2013 07:31

Uma das entradas da fazenda de 360 hectares na Região Central de Minas, próxima a Sete Lagoas (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Uma das entradas da fazenda de 360 hectares na Regi�o Central de Minas, pr�xima a Sete Lagoas (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)



A op��o do empres�rio Marcos Val�rio Fernandes de Souza – condenado a 40 anos de pris�o pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como operador do mensal�o – de ter uma fazenda como atividade econ�mica � anterior � sua condena��o por envolvimento com o pagamento de propina a parlamentares da base aliada do governo do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Quem garante � o advogado de defesa do empres�rio, Marcelo Leonardo. De acordo com ele, seu cliente se viu obrigado a mudar para sua propriedade na Regi�o Central, a 100 quil�metros da capital, pr�xima a Sete Lagoas, depois de se separar da mulher, com quem deixou a casa em Belo Horizonte. Marcelo Leonardo explicou que h� pelo menos cinco anos o empres�rio tem a fazenda como uma das suas atividades e sua decis�o de viver na cidade incluiu at� mesmo a transfer�ncia de seu t�tulo de eleitor.

O advogado de defesa nega que a escolha de Val�rio tenha vincula��o com a tentativa de cumprir pena no modesto Pres�dio Promotor Jos� Costa, na vizinha Sete Lagoas, evitando assim a temida Penitenci�ria de Seguran�a M�xima Nelson Hungria, em Contagem. O empres�rio ter� que cumprir sua pena em regime fechado, de acordo com decis�o da Corte do STF. “Preso n�o escolhe o local de cumprir pena”, alegou Marcelo Leonardo. Ele explicou que a escolha do pres�dio � do Poder Judici�rio, por meio de sua vara de execu��es penais, e do Poder Executivo, que administra o sistema penitenci�rio. “A Lei de Execu��es Penais diz apenas que, preferencialmente, o cumprimento da senten�a deve ser pr�ximo do domic�lio familiar. Nada mais”, admite. Ele ressaltou que n�o se pode pensar em pres�dio para cumprimento da pena, antes de a senten�a ter transitado em julgado.


Extors�o

Marcos Val�rio viveu maus momentos, em 2009, durante pouco mais de tr�s meses, quando esteve preso na Penitenci�ria II do Pres�dio de Trememb�, no interior de S�o Paulo, a 138 quil�metros da capital, por for�a de um processo no qual era acusado de integrar quadrilha que praticava extors�o, fraudes fiscais e corrup��o, hoje arquivado. Ele contou ter sido extorquido por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), organiza��o nascida nas cadeias paulistas na d�cada de 90. Depois de ter sido espancado e perdido parte dos dentes da frente, o empres�rio conseguiu sair do pres�dio, depois de fazer um acordo com o advogado Jeronymo Ruiz Andrade do Amaral, considerado chefe do departamento jur�dico do PCC. “Val�rio estava em S�o Paulo porque o mandado foi expedido pelo Justi�a Federal daquele estado”, explicou Marcelo Leonardo.


At� o dia 11, ser�o apresentados ao STF embargos infringentes que podem reduzir a pena de Marcos Val�rio. O empres�rio foi condenado por forma��o de quadrilhas por quatro votos, o que lhe permite solicitar revis�o, como ocorreu com o ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu (PT), acusado de ser o mentor do esquema. Apesar dessa nova investida, a situa��o do empres�rio muda pouco. Caso seja absolvido por esse crime, sua pena seria reduzida de 40 anos, quatro meses e seis dias, para 37 anos, cinco meses e seis dias, o que mant�m a exig�ncia de regime fechado. O local de cumprimento da pena dos condenados do mensal�o ainda n�o est� decidido, segundo Marcelo Leonardo. “� muito pouco prov�vel que todo o grupo v� cumprir pena no mesmo pres�dio, porque existem pessoas com domic�lio em Minas, Rio, S�o Paulo e Bras�lia. Mas � preciso esperar”, afirmou o advogado.


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