S�o Paulo - A presidente Dilma Rousseff afirmou, no in�cio da tarde desta sexta-feira, durante an�ncio no Pal�cio dos Bandeirantes, de investimentos de R$ 5,4 bilh�es em recursos do PAC da Mobilidade, que n�o � poss�vel aceitar que "esse Brasil din�mico tenha uma perda na vida dos habitantes nas atividades de ida e volta para casa". "N�o podemos deixar que a imagem de S�o Paulo se associe � da dificuldade de tr�nsito", reiterou.
No discurso, ela voltou a provocar o Fundo Monet�rio Internacional (FMI), que nesta semana alertou sobre a economia brasileira. "Foi bom ter pagado a d�vida com o Fundo Monet�rio que n�o supervisiona mais as nossas contas".
A presidente tamb�m citou a parceria com os outros entes de governo, que permite que prefeitos, presidente e governo do Estado tenham a��o coordenada e comum para atacar um dos mais graves problemas que � a mobilidade urbana.
"Reconhecer esse problema mostra que as autoridades convergiram para um projeto comum", afirmou, destacando: "Temos decis�o pol�tica de participar juntos de esfor�os dos prefeitos."
Dilma considerou que investir no metr� � "absolutamente essencial", porque garante transporte sem interrup��o do tr�nsito com escoamento r�pido e seguro. "Metr� � o grande eixo de integra��o de modais, principalmente em �reas conturbadas e adensadas".
A presidente afirmou que os investimentos fazem parte do amadurecimento do Pa�s e caminham no sentido de abandonar "o complexo de vira-lata", citando o escritor Nelson Rodrigues sobre o pessimismo antes da Copa de 1970, vencida pelo Brasil.
"Esse complexo tem de ser superado no caso dos transportes que hoje reconhecemos ser estrat�gico para o Pa�s. � estrat�gico o investimento em mobilidade urbana", disse. "� obra de alto custo e exigem parceria e a��o coordenada", completou, lembrando do financiamento que viabilizam as obras. "S�o juros subsidiados pelo Tesouro Nacional. Sem ter esse tipo de financiamento n�o sai obra de longo prazo no Brasil."
Ainda segundo ela, os recursos totais para a �rea chega a R$ 21 bilh�es. "Estamos construindo, renovando 2.257 quil�metros de vias para transporte em todo o Pa�s.Eo governo vai investir R$ 140 bilh�es em mobilidade urbana no total."
Cordialidade
Em clima de cordialidade, o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que ao "hist�rico de boa parceria com o governo federal e a presidente Dilma fortalece a democracia", durante a cerim�nia no Pal�cio dos Bandeirantes.
"Quero agradecer a presidenta Dilma, os ministros, os nossos secret�rios, a Assembleia Legislativa e dizer que o fortalecimento do bem comum � dif�cil ter algo mais forte que a mobilidade que faz o m�ximo para o maior n�mero de pessoas", completou.
Alckmin disse que a "boa parceria em benef�cio da popula��o" no projeto foi precedida por outras j� feitas com o governo federal. Ele citou a erradica��o da mis�ria no Estado, do Rodoanel Norte e Leste, este �ltimo previsto para ser inaugurado em abril, al�m dos investimentos na hidrovia Tiet�-Paran� em habita��o.
"Essa nova parceria � fundamental e queria destacar a inflex�o do uso do Or�amento Geral da Uni�o, porque S�o Paulo � a quarta maior cidade do mundo", disse o governador, citando os trechos do Metr� que sair�o da capital.
Segundo ele, S�o Paulo tem 54 quil�metros de metr� e outros 234 de trens, com 90 quil�metros a mais que a Cidade do M�xico, mas que transporta o dobro da capital mexicana, ou 8 milh�es de passageiros. "Vamos ter sete linhas simult�neas em obra, o que nos far� dobrar a capacidade de transporte", concluiu.
Desafio
O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, avaliou, durante a mesma cerim�nia, que S�o Paulo � o grande desafio para a mobilidade urbana no Pa�s, por conta da popula��o elevada e principalmente pelo v�cuo nos investimentos na �rea pelo poder p�blico. Temos hoje um pacote de mobilidade urbana de R$ 93 bilh�es de reais em contrata��o e execu��o. "Outros R$ 52 bilh�es est�o sendo alocados e tornam o pacote um dos maiores investimentos em mobilidade urbana do mundo", disse.
Ribeiro citou ainda a san��o pela presidente Dilma do Plano Nacional de Mobilidade Urbana e as desonera��es feitas pelo �leo diesel, os sal�rios e a energia el�trica como medidas tomadas pelo governo. Saudou a parceria com o governo estadual "de forma republicana, independente de partidos, olhando para o cidad�o".
Parceiros
O prefeito da Capital, Fernando Haddad (PT), afirmou, logo depois da fala do ministro das Cidades, que S�o Paulo fechar� o ano com 300 quil�metros de corredores de �nibus. "Estamos tomando a decis�o que as cidades mais desenvolvidas do mundo tomaram", disse o prefeito, que tamb�m citou o governador Geraldo Alckmin e, assim como o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, chamou-o de "parceiro" na decis�o dos investimentos.