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Estado de Minas

Dilma e Lula atacam cr�ticos do Bolsa-Fam�lia

Para a presidente, Bolsa-Fam�lia, que completou 10 anos, deu poder ao cidad�o. Ex-presidente afirma que faria tudo de novo


postado em 31/10/2013 06:00 / atualizado em 31/10/2013 07:14

Lula participou com Dilma da comemoração dos 10 anos do Bolsa-Família(foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Lula participou com Dilma da comemora��o dos 10 anos do Bolsa-Fam�lia (foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Mais do que a celebra��o dos 10 anos do Bolsa-Fam�lia, que ser� uma das marcas mais fortes da campanha eleitoral em 2014, a solenidade de ontem no Museu da Rep�blica, em Bras�lia, serviu para que a presidente Dilma Rousseff e o antecessor no Planalto, Luiz In�cio Lula da Silva, desferissem ataques � oposi��o. A presidente afirmou que os cr�ticos ao programa s�o movidos por “um �dio anacr�nico e obscurantista”. Segundo ela, o programa d� poder ao cidad�o, especialmente �s mulheres. “N�o podemos fazer pol�tica sem pensar nos resultados para a vida das pessoas. Isso fez com que mud�ssemos a pol�tica social no pa�s, com a transfer�ncia direta de renda, dinheiro na veia dos cidad�os. Unificamos os programas sociais e varremos as pol�ticas clientelistas centen�rias. Com o cadastro �nico, aderimos a uma s�rie de pr�ticas republicanas e colocamos o aparato do Estado ao lado do cidad�o, sem criar uma pr�tica da subordina��o do cidad�o ao Estado. O cart�o magn�tico rompeu com uma pr�tica assistencialista de baixa efetividade e vig�ncia pr�xima � elei��o”, disse Dilma.

Lula lembrou os adjetivos usados por opositores, que chegaram a chamar a proposta de “bolsa esmola” e “bolsa vagabundagem”. “Se eu tivesse que voltar no tempo, com a experi�ncia que tenho hoje, come�aria novamente o meu governo pelo combate � fome e � desigualdade”, assinalou o petista, para uma plateia repleta de autoridades, entre as quais ministros, governadores e parlamentares.


O ex-presidente ainda reclamou daqueles que se queixam da falta de portas de sa�da no Bolsa-Fam�lia. “� um programa que acaba de completar 10 anos em um pa�s em que a injusti�a passa dos cinco s�culos”, ressaltou. “As pessoas se incomodam porque os pobres est�o recebendo R$ 70, R$ 100 e R$ 150, mas n�o percebem que o que est� acontecendo � uma mudan�a na mentalidade do Brasil”, destacou Lula.


Direcionando sua fala aos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, respons�veis pelo Or�amento da Uni�o, o ex-presidente pediu: “Parem de regatear dinheiro para os pobres!” E, num recado � presidente, disse que ser�o os pobres os �nicos a agradecer o que o governo faz por eles: “Dilma, continue assim. Quem vai lhe agradecer pelo resto da vida s�o as pessoas pobres que voc� ajuda porque as outras te esquecer�o com muita facilidade”.


‘Na veia’

No Senado, o pr�-candidato do PSDB ao Planalto, senador A�cio Neves (MG), disse que o m�rito de Lula foi ampliar os programas sociais, mas lembrou que os programas de transfer�ncia de renda come�aram nos oito anos da gest�o Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Al�m disso, foi o Lula quem chamou, durante o debate presidencial de 2002 contra Jos� Serra, os programas sociais do governo Fernando Henrique de esmola”, acrescentou.


Durante discurso no Museu da Rep�blica, antes das declara��es de A�cio no Congresso, Dilma foi enf�tica ao afirmar que existe, sim, diferen�a entre a pol�tica adotada na gest�o tucana e a implantada pelo PT a partir de 2003, e negou que o Bolsa-Fam�lia tenha o DNA do PSDB. “Para conseguirmos fazer transfer�ncia de renda direta, na veia, bem na veia dos mais pobres, n�s, primeiro, unificamos todas as a��es do Estado e varremos as pol�ticas clientelistas centen�rias no nosso pa�s, centen�rias”, destacou a presidente.


Dilma disse tamb�m que, por uma quest�o de esp�rito democr�tico e de paci�ncia, � preciso “escutar a oposi��o”, mas com ressalvas. “Jamais podemos concordar ou aceitar qualquer redu��o no ritmo do Bolsa Fam�lia”, declarou a presidente. “Ningu�m que governou de costas para o povo tem legitimidade para atacar o combate � desigualdade que n�s fizemos. Muitos dizem que eles se conduzem assim porque n�o entendem nem a vida dos pobres e tamb�m porque nunca quiseram enxergar a pobreza.”


Mais cedo, em 10 mensagens em seu perfil no Twitter, a presidente n�o economizou adjetivos para registrar os 10 anos do programa Bolsa-Fam�lia. Em meio a n�meros e cifras, Dilma afirmou que o Bolsa Fam�lia � o “maior programa de inclus�o social do mundo”. (Com ag�ncias)

 

Pronto para voltar em 2018
Em almo�o de que participou na tarde de ter�a-feira no Senado, o ex-presidente Lula disse aos presentes, em tom de brincadeira, que est� fazendo duas horas de exerc�cios f�sicos todos os dias para entrar em forma e que, se “encherem o saco”, estar� de volta em 2018. Segundo pol�ticos presentes no almo�o, realizado no gabinete da lideran�a do PTB, Lula fez o coment�rio logo ap�s fazer uma avalia��o de que Eduardo Campos (PSB-PE) e A�cio Neves (PSDB-MG) ter�o problemas para administrar suas “sombras”, a ex-senadora Marina Silva e o ex-governador Jos� Serra, respectivamente. Algu�m, ent�o, perguntou a Lula se ele n�o se considerava uma “sombra” da presidente Dilma Rousseff. Ele negou, reafirmando que seu objetivo principal agora � reeleger Dilma, mas emendou a declara��o, em tom de brincadeira, segundo a qual tem se preparado diariamente para, se lhe “encherem o saco”, ele voltar a se candidatar em 2018. Na solenidade em comemora��o aos 10 anos do Bolsa-Fam�lia, Lula deu uma r�pida e tumultuada entrevista ap�s o ato e disse apenas que est� “voltando a ter uma atividade pol�tica um pouco mais intensa” nos �ltimos tempos. Uma dos objetivos que destacou � o de militar contra a nega��o da pol�tica e dos pol�ticos observada em parte dos protestos de rua de junho.


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