Associa��o de oficiais questiona ato de diretor da Abin

A Associa��o Nacional dos Oficiais de Intelig�ncia (Aofi) questionou nesta quinta-feira, em nota, decis�o do diretor-geral da Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin), Wilson Trezza, de aconselhar a aposentadoria do agente 008997. O agente colaboraria com o governo dos Estados Unidos, mesmo ap�s ser descoberto pelo Departamento de Contraintelig�ncia da Abin, e sem os procedimentos administrativos condizentes com o caso.

De acordo com a Aofi, as informa��es divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo no domingo, 27, "n�o parecem divergir das percep��es compartilhadas" entre os oficiais de intelig�ncia da Abin. A associa��o questiona o fato de a dire��o n�o ter tomado "provid�ncias" e avisa que "estuda a melhor maneira de atuar para que os fatos abordados nas reportagens tenham consequ�ncias condizentes com a gravidade dos fatos e com um �rg�o de intelig�ncia que preza pela prote��o de suas informa��es e de seus meios de trabalho".

No in�cio da semana, a Aofi afirmou que estudava ingressar com a��o no Minist�rio P�blico (MP) para investigar o diretor-geral da Abin por crime de prevarica��o. Depois de questionar a "parcialidade com que o caso foi tratado pelo diretor-geral", a Aofi diz que "n�o deve condescender com a desmoraliza��o do trabalho realizado por n�s, servidores da Abin, bem como com o preju�zo � imagem da institui��o". De acordo com a dire��o da associa��o, o caso merece aten��o, dada a gravidade da acusa��o quanto � conduta do servidor aposentado e � decis�o de Trezza de n�o tomar os procedimentos administrativos necess�rios.

A Aofi lembra que, em caso recente, o ex-servidor Willian Tomazi Nogueira, que teria agido com conduta question�vel, foi exemplarmente demitido. Mas, ressalvando que, no caso do suposto agente duplo, o servidor teria sido aconselhado a se aposentar, recebendo proventos integrais, sem qualquer investiga��o administrativa ou criminal.