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Estado de Minas

Odair Cunha e Gleide Andrade disputam a presid�ncia estadual do PT

Vencedor ser� escolhido no pr�ximo domingo


postado em 08/11/2013 06:00 / atualizado em 08/11/2013 06:50

Os dois t�m o mesmo objetivo: comandar o PT de Minas Gerais no ano que vem, quando o partido vai tentar chegar ao comando do Pal�cio da Liberdade pela primeira vez, desta feita com discurso de uni�o in�dita de todas as tend�ncias do partido pela candidatura do ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel. A miss�o estar� nas m�os do deputado federal Odair Cunha ou da secret�ria de Finan�as petista, Gleide Andrade, que disputam no domingo a prefer�ncia dos militantes no processo de elei��o direta (PED) do PT. Em entrevista ao Estado de Minas, os dois afirmaram que v�o trabalhar para agregar os partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), dando-lhe um palanque forte em Minas Gerais para concorrer com a prov�vel candidatura do senador A�cio Neves (PSDB).  A diferen�a � que, enquanto Gleide ainda acredita em uma alian�a com o PMDB j� em primeiro turno para combater o candidato aliado ao governador Antonio Anastasia (PSDB), Odair Cunha fala em uni�o dos partidos no segundo turno. O mote de campanha de Gleide � “dedica��o integral”, j� que ela deixar� o cargo de assessora da bancada no Legislativo, se eleita, para ficar por conta do PT. J� Odair Cunha, que atuar� na condi��o de parlamentar, aposta na gest�o colegiada da executiva e promete se dedicar inteiramente ao PT. Ambos falam na necessidade de regionalizar as a��es do partido e colocam, entre suas propostas, a de melhorar a rela��o com os movimentos sociais. Odair tem o apoio de Pimentel e Gleide do ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate � Fome, Patrus Ananias.


(foto: BETO NOVAES/EM/D.A PRESS - 13/5/11 )
(foto: BETO NOVAES/EM/D.A PRESS - 13/5/11 )

ENTREVISTA/ODAIR CUNHA - DEPUTADO FEDERAL


Quais s�o suas principais propostas para o PT em Minas?
A principal proposta � fazer um partido presente em todas as regi�es de Minas, que aprofunde seu di�logo com os movimentos sociais e prepare o partido para a disputa eleitoral de 2014, na qual vamos ter o desafio de construir um programa de governo que ganhe o cora��o e a mente dos mineiros.

O que o senhor pretende fazer de diferente em rela��o � gest�o atual?
A gest�o atual contribuiu muito com o crescimento do partido no estado. O PT cresceu qualitativamente e quantitativamente, em n�mero de diret�rios municipais, vereadores, prefeitos. Temos uma grande bancada de deputados federais e estaduais. O que precisamos � melhorar o nosso processo de comunica��o. Precisamos estabelecer instrumentos para uma comunica��o interna e externa mais eficiente. Criar uma rede de comunica��o entre n�s mesmos.
 
E como o senhor pretende trabalhar o processo eleitoral de 2014?
Entendemos que h� uma janela de oportunidade, porque h� um esgotamento do projeto dos tucanos no estado. Ent�o, precisamos ter um partido que seja capaz de liderar as for�as democr�ticas em Minas, a partir de uma ampla unidade interna, buscar uma ampla maioria com o conjunto de partidos que comp�em a base de sustenta��o da presidente Dilma, a fim de levar o ministro Fernando Pimentel a uma vit�ria no estado e reelegendo a presidente Dilma.

E essa frente vai ter o PMDB j� no in�cio? O partido vem falando em ter candidatura pr�pria.
N�s respeitamos a posi��o do PMDB. � um partido estrat�gico para nossa alian�a nacional e, claro, em Minas Gerais tamb�m. Estaremos juntos com o PMDB no primeiro ou no segundo turno. Se tiverem essa posi��o de lan�ar candidatura pr�pria, n�s vamos respeitar, n�o vamos trabalhar contra. J� estamos juntos nacionalmente, ent�o n�o nos compete estabelecer uma guerra com o PMDB de Minas. Pelo contr�rio, queremos manter um di�logo franco. O que queremos � manter as pontes com o PMDB e com os partidos que comp�em a base de sustenta��o da presidente Dilma em Minas, como PSD, PCdoB, PRB, Pros e o PTdoB.

E como ser� conduzir a campanha da presidente Dilma, tendo como advers�rio um mineiro que governou o estado?
Ser� um mineiro que governou o estado contra uma mineira que � presidente da Rep�blica, que tem compromisso com Minas Gerais e tem tido oportunidades de desenvolver diversas a��es em Minas. N�s teremos que apresentar esse conjunto de a��es � popula��o mineira, mostrando o que ela fez para o estado.

Como fazer para aumentar as bancadas federal e estadual?
O fato de termos um candidato majorit�rio no estado com for�a aumenta muito as nossas chances de termos uma amplia��o da bancada. Al�m disso, estamos identificando em cada regi�o do estado companheiros do partido que possam ser candidatos a deputado estadual e federal. Ou seja, buscaremos fortalecer a nossa chapa, al�m do que a pr�pria candidatura majorit�ria tende a colaborar.

O PED costuma ser complicado, com muitas brigas internas. Desta vez ser� assim ou quem perder vai apoiar o ganhador?
N�s temos diverg�ncias, mas elas n�o se constituir�o em divis�o ou desuni�o do partido. Percebo que h� um sentimento do PT de Minas hoje de que o nosso principal advers�rio n�o est� dentro, ele est� fora do partido. E em rela��o a isso, estaremos unidos em torno do nome de Fernando Pimentel e por um programa que ser� constru�do a muitas m�os, em di�logo com nossa milit�ncia e com os movimentos sociais. N�o vamos repetir velhas disputas nem cometer velhos erros. Se eu n�o ganhar vou apoiar 100% quem vencer.
 
Sua advers�ria fala em dedica��o integral e o senhor tem a for�a do mandato. O que � melhor para o partido?
N�o se trata de ter ou n�o mandato. Trata-se de qual tarefa voc� quer e se prop�e a cumprir. N�s entendemos que a dire��o do partido � colegiada, em que  cada membro da executiva tem seu papel, relev�ncia e import�ncia. Entendemos que cada membro da dire��o do partido vai ter disponibilidade para servir o tempo todo em torno de um projeto. Queremos um partido dirigente, que seja forte, atuante e presente em todas as regi�es. A for�a do partido � sua milit�ncia e s�o os seus mandatos.

(foto: BETO NOVAES/EM/D.A PRESS - 13/5/11 )
(foto: BETO NOVAES/EM/D.A PRESS - 13/5/11 )
 

ENTREVISTA/GLEIDE ANDRADE - SECRET�RIA DE FINAN�AS DO PT


Quais s�o suas principais propostas para o PT em Minas Gerais?
A primeira � a reelei��o do nosso projeto nacional. Temos de reeleger a presidente Dilma e para isso temos de construir um palanque forte em Minas. Tamb�m compreendemos que temos a oportunidade de eleger governador de Minas o nosso ministro Fernando Pimentel. Ent�o vamos ter que fazer em Minas uma alian�a muito ampla que contemple todos os partidos da base. Outro ponto � que o PT precisa requalificar sua rela��o com os movimentos sociais, que h� muito tempo n�o est� legal. Dentro da minha proposta est� o que chamo de mesa permanente de di�logo com os movimentos.

Em rela��o ao processo eleitoral de 2014, como a senhora pretende conduzir se eleita?
Quero conduzir da maneira mais democr�tica poss�vel. Penso que estamos entrando muito bem em 2014 porque j� temos nosso candidato a governador e o PT est� unido. Agora temos que organizar a campanha, compreendendo a dimens�o do estado e que para isso a primeira coisa de que precisamos � atualizar o programa de governo do PT, porque n�o queremos s� ganhar, queremos mudar o governo. Queremos fazer em Minas o que em 10 anos o PT vem fazendo no governo federal.

O PMDB tem falado em candidatura pr�pria. A senhora acredita ainda na possibilidade de os dois partidos sa�rem juntos?
Acredito plenamente. Acho que o PMDB � um aliado de primeira hora com quem temos a maior rela��o de respeito, inclusive nacionalmente. Tenho absoluta convic��o de que o nosso candidato Fernando saber� conduzir com maestria esse di�logo para que possamos sair em uma chapa s�. N�o s� PT e PMDB, mas o PCdoB e todos os partidos que comp�em a base da presidente Dilma em Minas.

E que nome do PMDB seria bom para compor?
A� eu n�o posso dizer porque se eles dessem palpite dentro do PT eu n�o gostaria. Ent�o n�o vou dar palpite no quintal alheio.
 
Em rela��o � quest�o nacional, como vai ser trabalhar a campanha de Dilma em Minas sendo que, desta vez, o poss�vel advers�rio ser� um outro mineiro, que foi governador do estado?
A� vou falar da marca da minha campanha, que � a dedica��o exclusiva. Este ano o enfrentamento nosso n�o � com um paulista, � com um mineiro. Ent�o, se o PT n�o estiver muito bem organizado nos seus vales, nas suas veredas, nos seus rinc�es, no seu cerrado, n�s vamos ter muita dificuldade. Vamos ter de ter um partido interiorizado, forte, e diret�rios municipais com autoridade para condu��o da campanha da presidente Dilma. Ter� que ser uma campanha regionalizada, muito descentralizada, uma campanha que n�o pode ser coordenada do ar condicionado de Bras�lia nem do escrit�rio de Belo Horizonte.

E em rela��o �s chapas de deputados, qual a estrat�gia para aumentar as bancadas?
Temos condi��es reais de aumentar nossa bancada de deputados estaduais e federais. Hoje temos 11 deputados estaduais e nove federais. Somos o partido de maior prefer�ncia em Minas e temos grandes companheiros nesse interior afora com grande viabilidade eleitoral. Penso que, passado o PED, vamos ter que abrir a discuss�o das chapas tamb�m. Na minha leitura temos de ter uma chapa forte, que respeite a paridade de homens e mulheres, e uma chapa tamb�m regionalizada. O PT dever� ter candidatos em todas as regi�es do estado.

O PED sempre virou um p� de guerra no PT. Essa elei��o agora vai ser assim tamb�m ou quem sair perdedor vai apoiar o outro lado?
Da minha parte quero dizer que tenho toda a grandeza para essa disputa. Trabalhei muito, visitei mais de 200 cidades no estado, at� em raz�o da disponibilidade que tenho. Estou muito otimista na minha vit�ria. O que eu quero � que o PED seja elevado, que domingo as pessoas possam votar normalmente sem acontecer como na vez passada, que teve pol�cia e pessoas que n�o eram filiadas ao PT tumultuando locais de vota��o. Estamos trabalhando para ter o PED mais elevado poss�vel, respeitando o filiado e o voto de cada um. E sendo assim n�o vejo porque o day after n�o ser legal.

O que � melhor para o partido, a dedica��o integral ou a for�a de um mandato parlamentar?
Estou convencida, e acho que a base do PT tamb�m, que os mandatos do PT t�m que estar a servi�o do PT, e n�o o contr�rio. O PT vem sendo muito punido em raz�o disso. Minha candidatura � de independ�ncia, de autonomia e soberania porque eu n�o estou vinculada a nenhum mandato.

 


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