Dilma e Lula agem para acalmar Kassab

Bras�lia- Em uma opera��o planejada para conter os danos pol�ticos da investiga��o que atingiu Gilberto Kassab, o Pal�cio do Planalto e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva enviaram nessa segunda-feira emiss�rios para acalmar o ex-prefeito de S�o Paulo. Depois da troca de acusa��es entre Kassab e o prefeito Fernando Haddad, a ordem no governo e na c�pula petista � agir para “administrar” a crise e manter o sil�ncio sobre as acusa��es que envolvem o potencial aliado do PSD no esc�ndalo da m�fia dos fiscais.

“N�o, n�o, isso n�o”, esquivou-se nessa segunda-feira a presidente Dilma Rousseff, em Lima, no Peru, quando foi questionada sobre o impacto eleitoral da briga entre Haddad e Kassab. “Estou aqui fazendo uma visita de Estado e voc�s ficam perguntando de elei��o?” Em conversa reservada com Haddad, por�m, Dilma disse a ele que n�o abrisse m�o de combater a corrup��o na Prefeitura. “Fa�a o que tem de ser feito”, aconselhou ela ao petista, na quinta-feira, na Base A�rea de S�o Paulo.

A orienta��o contrasta com a avalia��o de ministros do PT e dirigentes do partido de que o prefeito agiu de forma “afoita” ao abrir guerra contra Kassab e aumentar o IPTU.

Desvendado por investiga��es da Controladoria-Geral do Munic�pio - criada por Haddad - o esquema de corrup��o na Prefeitura desviou pelo menos R$ 500 milh�es em impostos na gest�o de Kassab. “H� um epis�dio de corrup��o end�mica no poder p�blico (...) Foi identificada at� uma quadrilha que falsificou R$ 1 bilh�o em recolhimentos do Minist�rio da Fazenda. Ningu�m est� acusando a presidente”, disse o ex-prefeito ao Estado.

J� Haddad se irritou com as cr�ticas de petistas, preocupados com o impacto na campanha � reelei��o de Dilma e na candidatura do ministro Alexandre Padilha (Sa�de) ao governo paulista. O petista e seu antecessor trocaram acusa��es em entrevistas ao jornal Folha de S.Paulo.

Nessa segunda-feira, operadores pol�ticos dos partidos entraram em campo. “N�o podemos deixar que um espirro na capital cause uma pneumonia na nossa estrat�gia estadual e nacional”, afirmou o deputado federal Guilherme Campos (PSD). Mas a crise n�o se resume �s declara��es p�blicas. Vereadores do PSD dizem ter sofrido retalia��es e perdido cargos em subprefeituras por terem votado contra o aumento do IPTU. O prefeito alega que substitui��es s�o feitas por crit�rio de m�rito.