A Pol�cia Federal abriu procedimento de investiga��o contra o chefe de gabinete do Minist�rio da Fazenda, Marcelo Fiche, e seu substituto, Humberto Alencar, a pedido do pr�prio ministro Guido Mantega, diante de acusa��es de pagamento de propina por uma empresa mineira que ganhou um contrato para prestar servi�os de assessoria de imprensa � Pasta. O caso foi revelado pela revista �poca, que divulgou ontem em seu site reportagem indicando que a Partners teria pago R$ 60 mil em esp�cie a Fiche e Alencar.
Provocado pela revista, Mantega enviou of�cio ao ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, solicitando apura��o do caso. Acionou tamb�m, segundo sua assessoria de imprensa, a Corregedoria do Minist�rio da Fazenda para elucida��o da hist�ria. Segundo a assessoria de Mantega, Cardozo encaminhou pedido ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello, que determinou a abertura do procedimento. Fiche e Alencar permanecem nos cargos.
Segundo a reportagem divulgada por �poca, Anne Paiva, que trabalhava como secret�ria da Partners em Bras�lia, forneceu � revista c�pias de conversas suas com Vivaldo Ramos, diretor financeiro da empresa. Nos contatos, Ramos pede que Anne saque valores entre R$ 15 mil e R$ 20 mil depositados em sua conta e entregue a Fiche e Alencar em seus gabinetes, na sede do Minist�rio da Fazenda, em Bras�lia. O dinheiro viria dos pagamentos mensais feitos pela Pasta � empresa pela presta��o de servi�o. A Partners contrata jornalistas que atuam na Fazenda atendendo solicita��es da imprensa e preparando entrevistas coletivas do ministro, entre outras fun��es.
O jornal O Estado de S.Paulo procurou a Partners ontem � noite, mas a liga��o para o telefone indicado na p�gina da empresa na internet informava que o n�mero n�o existia.
Fiche e Alencar negaram, em entrevistas � revista, ter recebido dinheiro da empresa. Da mesma maneira, o diretor financeiro, Vivaldo Ramos, e o s�cio e diretor executivo da empresa, Dino S�vio, negaram que o dinheiro depositado na conta da secret�ria tenha servido para abastecer os assessores do ministro com propina. Os recursos visavam custear outras despesas com o contrato, como despesas de viagem. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.