Primeiro dia na pris�o n�o teve privil�gios para condenados do mensal�o

Deco Bancillon, Diego Abreu e Renata Mariz

Bras�lia – O tratamento recebido pelos nove condenados do mensal�o que est�o presos no Complexo Penitenci�rio da Papuda, em Bras�lia, n�o foi diferente do que � dispensado a outros detentos. Logo que chegaram ao pres�dio, no s�bado � noite, Jos� Dirceu, Jos� Genoino, Marcos Val�rio, Del�bio Soares e outros cinco r�us passaram pelo procedimento de recolhimento de roupas e de objetos, como cord�es e an�is, que s�o proibidos no pres�dio. Depois, todos foram levados �s celas do Centro de Internamento e Reeduca��o (CIR), onde fizeram a primeira refei��o. Alguns estavam sem apetite. No card�pio, n�o havia op��es, pois cada um recebeu uma marmita padr�o que � fornecida a todos os detentos da Papuda. O jantar teve arroz, feij�o, carne, farofa e verduras.

Todos est�o em uma ala especial do Pavilh�o de Seguran�a M�xima, setor onde tamb�m ficam detidos ex-policiais condenados pela Justi�a. O local � isolado e disp�e de 12 celas, sendo seis de cada lado, com capacidade total para 24 detentos. Cada xadrez tem um beliche e pode abrigar at� dois presos.

At� ontem, esta ala contava com 18 pessoas presas e eram vigiadas por dois agentes federais. As celas n�o t�m televis�o, embora possam vir a ter desde que haja autoriza��o judicial para isso. Na noite de s�bado, as luzes se apagaram �s 22h, conforme norma interna da Papuda. O caf� da manh� foi servido ontem �s 8h. Sobre a mesa, p�o, leite, caf�, biscoito doce e bolacha de �gua e sal.

Os presos tiveram direito ao primeiro banho de sol, mas a prioridade para hor�rios mais cedo foi dos detentos que est�o presos h� mais tempo. Interlocutores n�o souberam informar quem quis aproveitar o sol da manh� de domingo, mas a informa��o � de que foram autorizados a ficar at� duas horas ao ar livre dois r�us por vez. O card�pio do almo�o incluiu arroz, feij�o, frango, legumes cozidos e macarr�o.

Os detentos que cumprem a pris�o decretada na sexta-feira pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, n�o teriam sido levados para a Superintend�ncia da Pol�cia Federal em Bras�lia em cumprimento a uma instru��o normativa que estabelece que presos n�o devem passar mais de 24 horas em delegacias federais.

A solu��o encontrada pela PF foi lev�-los para esta ala federal da penitenci�ria, onde os detentos aguardam uma ordem que definir� o local de cumprimento da pena de cada sentenciado. � prov�vel que a defini��o ocorra hoje. Depois que a carta de senten�a for emitida, eles poder�o ser transferidos para outras alas da Papuda, pr�prias para presos do regime semiaberto e do fechado, ou ainda para o Centro de Progress�o Penitenci�ria (CPP).