O Senado adiou para esta quarta-feira, a vota��o da proposta de emenda � Constitui��o (PEC) que institui o voto aberto para todas as modalidades do Poder Legislativo. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou na tarde desta ter�a-feira que a PEC ser� votada amanh� em plen�rio. O maior temor dos senadores � que um eventual baixo quorum dificulte a vota��o da mat�ria, que era o terceiro item da pauta de vota��es hoje.
A discuss�o sobre a divulga��o do voto dos parlamentares ganhou corpo novamente em fun��o da condena��o de deputados federais no processo do mensal�o. O Supremo Tribunal Federal (STF) j� decretou a pris�o do ex-presidente do PT e deputado federal licenciado Jos� Genoino (SP) e pode mandar para cadeia, em breve, os deputados federais Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry (PP-MT). A C�mara dos Deputados pode abrir processo de cassa��o contra eles.
Pouco antes da decis�o do plen�rio, o l�der do PT no Senado, Wellington Dias (PI), chegou a defender o adiamento da vota��o da proposta para a pr�xima semana. Ele argumentou que h� 15 senadores fora da Casa em miss�o oficial e tamb�m vai ocorrer ainda nesta ter�a-feira uma reuni�o do Conselho Pol�tico, na qual l�deres e presidentes de partidos da base aliada v�o se reunir com a presidente Dilma Rousseff. Para aprovar a PEC, � necess�rio o apoio de pelo menos 49 senadores.
"Eu, que defendo o voto aberto, acho que � importante n�o haver risco de n�o ter os 49 votos necess�rios para aprov�-la", disse o l�der petista, ao ressalvar que o eventual adiamento da vota��o ainda n�o est� definido. "� um risco para os dois lados, tanto para quem defende (o voto aberto) como para quem discorda", completou.
No in�cio da tarde, o presidente do Senado garantiu que a Casa iria concluir nesta ter�a-feira a vota��o da PEC. "N�s vamos hoje concluir a vota��o do voto aberto. � o terceiro item da pauta, n�s vamos rapidamente votar os dois primeiros itens, de modo a concluir esse processo de delibera��o", afirmou.
Na semana passada, a proposta foi votada em primeiro turno. Mas ainda h� dificuldades quanto ao m�rito da mat�ria. Senadores da base e da oposi��o resistem em abrir o voto para todas as modalidades, como an�lise de vetos presidenciais e indica��o de autoridades.
O presidente do Senado disse que os pontos de diverg�ncia deveriam ser tratados isoladamente. "Se n�o houver alguma orienta��o diferente de lideran�as partid�rias, vamos votar o texto ressalvados os destaques e depois concluiremos a vota��o da mat�ria", avaliou.