Rio - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica, Gilberto Carvalho (PT), disse nesta sexta-feira que a fam�lia e os companheiros do Partido dos Trabalhadores (PT) estavam chegando "�s raias do desespero" na quinta-feira (21), antes da interna��o do deputado federal licenciado Jos� Genoino, um dos presos do processo do mensal�o.
"Est�vamos absolutamente tensos porque quem tem acompanhado a sa�de do Genoino sabia que ele estava em uma situa��o muito dif�cil. Junto com a fam�lia est�vamos chegando �s raias do desespero, a ponto de falarmos com v�rios outros membros do Supremo pedindo que nos ajudassem nessa quest�o. N�o � poss�vel que um pa�s democr�tico como o Brasil pudesse perder uma pessoa dessa maneira. A vida dele estava em risco", disse.
Carvalho comemorou o fato de Genoino estar em tratamento, mas evitou defender claramente a pris�o domiciliar para o companheiro de partido. "N�o vou me expressar sobre o que � conveniente. Tudo indica que ele tem essa possibilidade da pris�o domiciliar para ser tratada. A nossa esperan�a � que prevale�a o bom senso, mas n�o entro nesse m�rito porque esse m�rito � do STF e tem que ser respeitado."
Ele insistiu que n�o se pode "brincar com a vida". "Ainda mais de uma pessoa que deu sua vida pelo pa�s. Ele nunca se apropriou de nada para ele e chega � idade em que est� sem ter nenhuma posse, nenhuma acumula��o. Ao contr�rio, � refer�ncia de �tica para n�s."
O ministro se recusou a comentar a fuga do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, at� agora o �nico condenado pelo mensal�o a escapar. Tamb�m n�o quis falar sobre as queixas que Pizzolato fez a amigos pr�ximos de que teria sido abandonado pelo PT e, por isso, optara pela fuga para tentar se defender em um novo julgamento na It�lia.
"Eu n�o posso falar nada sobre o Pizzolato porque n�o estava pr�ximo a ele. N�o o acompanhei, n�o o vi nos �ltimos tempos, n�o posso falar desse caso." Carvalho afirmou que n�o pode dizer que tenha ficado surpreso com a fuga do ex-diretor. "Ele j� tinha viajado para a Europa".
Carvalho est� no Rio de Janeiro para a inaugura��o do polo de reciclagem de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde trabalhar�o ex-catadores que atuavam no lix�o fechado no ano passado.