Lideran�a hist�rica do PT, o ex-governador do Rio Grande do Sul, ex-ministro das Cidades e ex-prefeito de Porto Alegre Ol�vio Dutra disse, nesta sexta-feira, 22, que "o mensal�o foi uma sucess�o de malfeitos, desde os movimentos pol�ticos que lhes deram origem at� seu julgamento, condena��o e aprisionamento". Dutra criticou dirigentes partid�rios que participaram do epis�dio e a "m�o pesada" do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.
"Minha contrariedade com a pol�tica conduzida pelos nossos dirigentes, que levou a essa situa��o ignominiosa vivida por eles e pelo partido, � t�o grande quanto minha indigna��o diante de qualquer arbitrariedade ou viol�ncia que eles estejam ou venham a sofrer, dentro e fora da pris�o", ressaltou Ol�vio.
O ex-governador destacou, ainda, que o deputado federal Jos� Genoino merece condi��es especiais no cumprimento de sua pena, por seu estado de sa�de. Ol�vio participou da primeira gest�o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, mas deixou o Minist�rio das Cidades em 2005, quando a pasta foi entregue ao PP, um dos partidos que migraram para a base de apoio do governo."N�o � o passado que est� em jogo, � o presente"
Na manifesta��o desta sexta-feira, por nota, Ol�vio foi menos direto do que em uma entrevista ao Jornal do Com�rcio, publicada na quinta-feira, na qual discordou de quem atribuiu cunho pol�tico ao julgamento do mensal�o e � pris�o de Genoino, Jos� Dirceu e Del�bio Soares. "Funcionou o que deveria funcionar. O STF julgou e a Justi�a determinou a pris�o, cumpra-se a lei", afirmou. "As institui��es t�m seus funcionamentos", reconheceu. "O que n�o se pode admitir � o toma-l�-d�-c� nas pr�ticas dos mensal�es de todos os partidos, nas quais figuras do PT participaram".
Na mesma entrevista, ao referir-se ao passado de Dirceu e Genoino, Ol�vio manifestou "respeito" pela luta dos dois contra a ditadura, mas advertiu que, no caso do Mensal�o, adotaram "uma conduta que n�o pode se ver como correta". E n�o absolveu os companheiros por isso. "N�o � o passado que est� em jogo, � o presente, e eles se conduziram mal, envolveram o partido", avaliou. "O sujeito coletivo do PT n�o pode ser reduzido em virtude dessas condutas; o PT surgiu para transformar a pol�tica de baixo para cima", ressaltou. "Eu n�o os considero presos pol�ticos, foram julgados e agora est�o cumprindo pena por condutas pol�ticas".