O emprego de gerente no hotel Saint Peter em Bras�lia n�o era a op��o preferencial do ex-ministro condenado no mensal�o Jos� Dirceu, mas foi considerado por sua defesa o cen�rio com menor risco de rejei��o por parte do juiz Bruno Ribeiro. Respons�vel pela execu��o da senten�a, ele seria pr�ximo do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e poderia negar a autoriza��o para que Dirceu saia da Penitenci�ria da Papuda �s 7h e retorne �s 19h diariamente para trabalhar.
“O juiz de execu��o poderia negar a autoriza��o de trabalho caso julgasse que o emprego pudesse dificultar a execu��o da pena ou fosse uma forma de burlar a lei”, explica o advogado criminalista Pierpaolo Bottini, respons�vel pela defesa de Luiz Carlos da Silva, o Professor Luizinho, na primeira etapa do julgamento do mensal�o.
O segundo cen�rio para Jos� Dirceu seria trabalhar em um escrit�rio de advocacia. Alguns profissionais amigos do ex-ministro foram sondados, entre eles H�lio Madalena, Sigmaringa Seixas e Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. A conversa com Madalena foi a �nica que avan�ou e ele aceitou contratar Dirceu. “O problema � que ele � muito marcado como amigo do ex-ministro”, afirma um interlocutor.
Outro empecilho nesse caso foi o pedido de cassa��o do registro do ex-ministro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A entidade, que at� agora evitou qualquer tipo de manifesta��o sobre o mensal�o, costuma ser sens�vel a casos nos quais a condena��o criminal j� transitou em julgado.
“Foram in�meras as op��es de trabalho que ele recebeu. A escolha do hotel, entretanto, � a que preenche todos os requisitos necess�rios para o deferimento do juiz”, diz o advogado Marco Aur�lio Carvalho, coordenador jur�dico do PT e um dos principais aliados do ex-ministro no partido.
O entorno de Jos� Dirceu avalia que a op��o pelo hotel � provis�ria e que um pedido para outro trabalho deve ser feito. Mas isso s� deve acontecer depois de outubro de 2014, ap�s as elei��es e quando o ministro Joaquim Barbosa deixar a presid�ncia do Supremo.