Verba do Senado pagou combust�vel de helic�ptero

O senador Zez� Perrella (PDT-MG) tamb�m usou verba indenizat�ria do Senado para abastecer a aeronave apreendida no fim de semana passado com 443 quilos de coca�na. Desde que o pedetista assumiu a vaga de Itamar Franco (PDMB-MG), morto em julho de 2011, a Casa desembolsou mais de R$ 104 mil com verba indenizat�ria para custear notas de abastecimentos apresentadas pelo gabinete de Perrella, sendo que parte desta verba foi destinada ao combust�vel do helic�ptero Robinson R-66.

A maior concentra��o de gastos ocorreu em 2012, ano eleitoral. Neste per�odo, o Senado desembolsou R$ 55 mil com abastecimento para Zez� Perrella. Este tipo de gasto chegou a R$ 38 mil em 2011 e, at� outubro deste ano, a Casa reembolsou o senador em outros R$ 11 mil com combust�veis.

O helic�ptero apreendido por meio de opera��o conjunta da Pol�cia Militar (PM) do Esp�rito Santo e da Pol�cia Federal est� registrado em nome da Limeira Agropecu�ria e Participa��es Ltda, fundada por Zez� Perrella e posteriormente transferida para seus filhos, o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), de Minas Gerais, e Carolina Perrella, al�m do sobrinho Andr� Almeida Costa. A aeronave � a �nica da fam�lia.

Apesar dos gastos com o abastecimento do helic�ptero, feito principalmente na Pampulha Abastecimento de Aeronaves Ltda, o Senado ainda desembolsou R$ 58 mil reais de verba indenizat�ria para o ressarcimento de notas de passagens a�reas apresentadas por Zez� Perrella desde que ele assumiu o cargo.

Segundo a assessoria do senador, todos os gastos feitos pelo Senado com abastecimento da aeronave, que ainda est� apreendida, foram relativos ao uso do helic�ptero para atividade parlamentar. O Estado tentou falar com Zez� Perrella, mas ele n�o atendeu nenhum dos celulares.

Depoimentos

Na tarde desta quarta-feira, o deputado Gustavo Perrella e sua irm� Carolina prestaram depoimentos na sede da Pol�cia Federal em Minas Gerais. Eles foram ouvidos pelo delegado Elster Lamoia, do setor de entorpecentes da Superintend�ncia da institui��o em Minas, a pedido do delegado Leonardo Damasceno, que preside o inqu�rito instaurado pela PF no Esp�rito Santo.

Os dois negaram que soubessem da carga transportada pelo piloto Rog�rio Almeida Antunes, tamb�m funcion�rio da Limeira, e alegaram que o empregado havia informado que faria um voo para S�o Paulo, omitindo a viagem ao munic�pio de Afonso Cl�udio (ES) onde foi flagrado com a droga. Antunes, que tamb�m ocupava cargo na Assembleia Legislativa de Minas por indica��o de Gustavo Perrella at� a �ltima ter�a-feira, continua preso no Esp�rito Santo.