Um dia depois de divergir publicamente de Marina Silva pela primeira vez, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE), disse ontem (29) que a falta de consenso sobre a forma��o de palanques estaduais com a Rede j� era uma situa��o esperada. “N�s fizemos a alian�a em 5 de outubro. H� um projeto em que priorizamos o Pa�s, mas j� sab�amos que ir�amos conviver com algumas situa��es assim”, disse o governador depois de participar de um evento com ruralistas em Curitiba.
Choque
A desaven�a sobre o quadro pol�tico paulista causou o primeiro choque entre dirigentes do partido e “marineiros”. Um dos principais operadores pol�ticos da Rede, o deputado federal Walter Feldman (PSB-SP) disse ao Estado que uma eventual alian�a da sigla com o PSDB em S�o Paulo seria uma “poligamia expl�cita”. “Apoiar o Geraldo seria uma poligamia expl�cita, j� que o PSDB ter� um candidato presidencial (A�cio Neves) e o PSB outro. N�s entrar�amos na campanha com duas posi��es acumuladas.” Ainda de acordo com Feldman, que era do PSDB at� 5 de outubro, a perspectiva de candidatura pr�pria no Estado “� muito promissora”.
O secret�rio-geral do PSB paulista, Wilson Pedro da Silva, rebate o deputado e afirma que o caminho do partido est� “90% fechado com o Alckmin”. “Somos n�s que temos votos no congresso do PSB, que tomaremos essa decis�o. � complicado um grupo chegar agora e dizer que n�o ser� assim”, disse.
Reservadamente, dirigentes da Rede dizem que diante da imposi��o de uma eventual alian�a do PSB com o PSDB em S�o Paulo, o grupo pode at� fazer campanha para um candidato de outro partido. No Paran�, o cen�rio � parecido, pois a tend�ncia do PSB � de apoiar a reelei��o do tucano Beto Richa, mas os aliados de Marina tentam lan�ar um nome pr�prio.