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Estado de Minas

Comiss�es apuram o papel das igrejas durante a Ditadura

A Comiss�o Nacional da Verdade (CNV) e a Comiss�o da Verdade de Minas Gerais (Covemg) ouviram neste fim de semana, em Belo Horizonte, relatos de pessoas ligadas �s igrejas que sofreram ou presenciaram graves viola��es de direitos humanos durante o regime militar


postado em 01/12/2013 06:00 / atualizado em 01/12/2013 07:59

A Comiss�o Nacional da Verdade (CNV) e a Comiss�o da Verdade de Minas Gerais (Covemg) ouviram neste fim de semana, em Belo Horizonte, relatos de pessoas ligadas �s igrejas que sofreram ou presenciaram graves viola��es de direitos humanos durante o regime militar. Nas reuni�es que aconteceram na noite de sexta-feira e ontem na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), integrantes da comiss�o discutiram o papel das igrejas durante a ditadura e colheram depoimentos de grupos ligados aos movimentos religiosos que apoiaram a resist�ncia contra o regime.

O papel das igrejas entre 1964 e 1985 est� sendo acompanhado por um grupo de trabalho da CNV, que examina a postura pol�tica de institui��es religiosas e seus integrantes. O objetivo � esclarecer tanto o apoio dado aos grupos de resist�ncia � ditadura quanto a contribui��o � repress�o, com den�ncias de pessoas ligadas ao regime que estariam infiltradas nas institui��es. Segundo relato do frade Oswaldo Augusto,  da Ordem dos Dominicanos, seu convento era constantemente vigiado e a a��o dos militares o obrigou a deixar o pa�s. “Nosso convento foi invadido, nossos frades foram presos e torturados”, contou.

Para ele, o golpe de 1964 foi resultado de um longo processo que se desenrolou no pa�s desde os anos 1950, ligado diretamente � doutrina de seguran�a nacional. “O aparelho de repress�o j� estava criado. Quando Vargas se matou, houve uma tentativa de golpe. Em 1955, na posse de JK, nova tentativa de golpe. Em 1961, com a ren�ncia de Jango, novamente a direita tentou dar um golpe. O processo de constru��o j� tinha 10 anos, em 1964 foi apenas quando conseguiram, de fato, realizar o atentado”, avaliou.

O presidente da comiss�o da verdade da OAB-MG, Marcio Santiago, destacou que os atos de repress�o no per�odo n�o tiveram como �nico alvo as institui��es religiosas e que muitas das situa��es que envolveram pessoas ligadas �s igrejas continuam esquecidas na hist�ria do pa�s. “As persegui��es aconteceram contra cat�licos e protestantes em v�rias esferas. Nessas reuni�es, fica claro como os relatos ainda causam dor para as pessoas, que at� hoje n�o tinham contado o que passaram durante a ditadura”, disse Santiago.


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