Num discurso encerrado com bate-boca, o l�der do PT na C�mara dos Deputados, Jos� Guimar�es (PT-CE), foi � tribuna defender seu irm�o, o deputado Jos� Genoino (PT-SP), condenado no processo do mensal�o e que apresentou hoje sua carta de ren�ncia.
O pronunciamento do l�der petista foi acompanhado em peso pela bancada do partido, mas havia poucos deputados da oposi��o em Plen�rio no momento do discurso.
Guimar�es falou ainda que a hist�ria de seu irm�o "se confunde" com a do PT e a da "democracia" e alegou ainda que "todo mundo sabe que ele � honesto e que n�o merece passar por isso". O l�der da bancada petista classificou ainda de "mart�rio" os �ltimos dias vividos por seu irm�o, que cumpre pris�o domiciliar na casa de uma filha em Bras�lia, depois de ter ficado internado por alguns dias num hospital, tamb�m na capital.
Ao final de seu discurso, Guimar�es teceu cr�ticas aos membros da Mesa Diretora que apoiaram a abertura de um processo disciplinar contra Genoino. "Este dia para mim diminui o Parlamento brasileiro. Talvez o gesto dele (ren�ncia) seja maior de quem queria a abertura do processo de cassa��o".
Dos sete membros da Mesa Diretora, quatro sinalizavam apoiar a instaura��o do processo, dentre eles o pr�prio presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O vice-presidente da Casa, Andr� Vargas (PT-PR) e o titular da quarta secretaria, Antonio Carlos Biffi (PT-MS), queriam o adiamento da decis�o enquanto Genoino estivesse de licen�a m�dica.
Numa das ocasi�es em que foi aplaudido por correligion�rios, Guimar�es disse esperar que um dia a hist�ria do Brasil seja "reescrita". "Quem sabe um dia este Parlamento n�o possa devolver o mandato de Genoino", disse, fazendo refer�ncia � devolu��o do mandato ao ex-presidente Jo�o Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964, aprovada recentemente pelo Congresso Nacional.
Pouco antes de encerrar sua fala, Guimar�es foi interrompido pela deputada Liliam S� (PROS-RJ). Ela usou de um microfone em Plen�rio para dizer que "o Brasil n�o quer ouvir isso". A interven��o gerou confus�o no Plen�rio e houve bate-boca entre a parlamentar do PROS e os petistas que acompanhavam o pronunciamento.
O l�der do PT � irm�o de Genoino, que hoje mais cedo renunciou ao mandato para n�o ser submetido a um processo de cassa��o. Com a ren�ncia, o ex-presidente do PT n�o enfrentar� um processo disciplinar.