Carvalho diz temer por Genoino caso ele volte � pris�o

O secret�rio-geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira no Rio que teme pela vida do ex-deputado Jos� Genoino caso ele volte para a pris�o. "A gente tem que confiar nos pareceres t�cnicos dos m�dicos. O parecer da Procuradoria (Geral da Rep�blica), apontando que ele corre efetivamente riscos, � um indicador de uma inst�ncia absolutamente isenta que recomenda que ele tenha pris�o domiciliar. A nossa expectativa � que haja bom senso e que ele fique numa situa��o em que possa se cuidar. Todos n�s tememos (pela vida dele). Eu sei dos riscos que ele tem", disse Carvalho.

Ele acha que o laudo da Procuradoria, que recomenda a pris�o domiciliar por 90 dias, deve ser o parecer considerado, e n�o o da junta m�dica do Hospital Universit�rio de Bras�lia formada para avaliar o estado de sa�de de Genoino, que concluiu que ele tem uma cardiopatia n�o-grave. Carvalho ainda n�o visitou os companheiros do PT presos desde o dia 15 de novembro.

Ao falar sobre a situa��o do ex-ministro Jos� Dirceu, que teve negado pela Justi�a pedido de prioridade para a an�lise de sua contrata��o pelo Hotel Saint Peter, Carvalho acusou a imprensa de n�o investigar com tanto afinco o caso do esc�ndalo de corrup��o em S�o Paulo. "O que eu recrimino � toda a espetaculariza��o e o tipo de jornalismo dirigido que se faz na quest�o do Z� Dirceu. Voc� compara o tratamento que a imprensa tem dado ao caso de SP e ao caso do pessoal do PT, veja a diferen�a. Tirando o Estado de S.Paulo, n�o se pergunta pelo crime, se recrimina o acusador. Em SP os volumes de recursos p�blicos pass�veis dessa acusa��o s�o muito, muito maiores do que os recursos p�blicos em jogo no caso do mensal�o. Vai-se ao Panam� procurar saber quem � o dono do hotel onde trabalham 400 pessoas porque o Z� Dirceu est� sendo contratado, e n�o se d� o mesmo rigor para um caso escabroso de acusa��o em que efetivamente h� desvios de recursos p�blicos".

Ele tamb�m criticou o PSDB: "O PSDB est� fazendo um jogo de n�o ir ao ponto, um teatro, se eximindo de dar respostas. Esse tratamento diferenciado � que � inaceit�vel. No caso do PT, nossos acusados foram condenados antes do STF, publicamente, e agora � o contr�rio. N�o estamos numa rebeli�o contra a justi�a. N�s sabemos que cometemos erros, que estamos sendo punidos por um erro de caixa 2 transformado nesse grande espet�culo. Mas n�o nos conformamos com os dois pesos e duas medidas."