Ex-executivos da Siemens disseram � Pol�cia Federal que Everton Rheinheimer, delator do cartel metroferrovi�rio, tinha participa��o no conluio entre multinacionais do setor. Em depoimento � PF, de 7 de novembro, o engenheiro eletricista Peter Andreas G�litz atribuiu a Rheinheimer atua��o nos acordos com empresas para as licita��es em S�o Paulo.
Depois, disse G�litz, esse estudo era repassado para Rheinheimer seu superior hier�rquico, ent�o diretor da divis�o de transportes da Siemens que, por sua vez, se reportava a Newton Jos� Leme Duarte, tamb�m do escal�o superior da companhia. G�litz disse acreditar que “Rheinheimer se encontrava com diretores de outras empresas para ajustar a conduta de todas as empresas.”
Rheinheimer fez dela��o premiada na PF em 14 de outubro. Ele fez revela��es em cinco p�ginas sobre pagamento de comiss�es a pol�ticos. Afirmou que as “contribui��es” eram acertadas com diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metr�.
Segundo ele, “�s vezes os repasses eram mensais, em outros casos ocorriam durante a execu��o do contrato”. Contou que “os diretores” das estatais � que disseram a ele que as “contribui��es” iam para pol�ticos.
Rheinheimer declarou que um lobista “represava” parte dos repasses, o que “desagradava os pol�ticos”. Falou, ainda, sobre um jantar na casa do lobista, que reuniu pol�ticos.
Outro leniente, o administrador Daniel Mischa Leibold, que trabalhou na multi alem� entre 1990 e 2008, disse � PF que Rheinheimer fazia “negocia��es com outras empresas do setor para a forma��o de cons�rcios ou subcontrata��o”.
Ronaldo Cavalieri, que trabalhou na Siemens entre 1978 e 2008, relatou � PF que autorizou pagamentos para a Procint e a Constech, consultorias de Arthur Teixeira e S�rgio Teixeira. As autoriza��es, segundo ele, sempre tinhas as assinaturas de Rheinheimer.
Segundo a PF, a Procint e a Constech eram intermedi�rias no pagamento de propinas a autoridades. O criminalista Eduardo Carnel�s, que defende Arthur Teixeira, dono da Procint, recha�a com veem�ncia a suspeita policial. “O sr. Arthur � um profissional de reputa��o, jamais foi lobista ou pagador de propinas.”